O cara termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ahh, não quer estudar? Bem, perfeito.. Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...
O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:
- Rodriguez!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembra do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundeando?
Aos 3 dias, Rodriguez liga:
- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 9.000,00 por mês, prá começar.
- Tu tá loco!!!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo... Dois dias depois:
- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 5.000,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodriguez, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois....Consegue outra coisa.
- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 2.800,00 por mês e nada mais....
- Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de 500,00, 600,00, prá começar.
- Isso é impossível Zé!!!
- Mas, por que???
- PORQUE ESSES SÃO POR CONCURSO, PRECISA TÍTULO SUPERIOR, MESTRADO, CURRICULUM, ANTECEDENTES, EXPERIÊNCIA PRÉVIA... É DIFÍCIL...
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Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.
(Cora Coralina)
20091125
,ovo - lançamentos design ok | 2010
de 17 a 21 de novembro, aconteceu aqui em são paulo, a semana design ok, com os lançamentos 2010 das obras dos principais artistas da área, dentre eles: ,ovo, andré cruz, decameron, estúdio bola, futon company, nada se leva, pedro useche, pedro mendes e sergio fahrer. estive lá pra prestigiar e aproveitei para fotografar tantos artistas talentos e principalmente brasileiros. já que sempre posto aqui sobre como o brasil deveria criar um olhar turístico em seu próprio meio; conhecer e explorar o que temos do melhor aqui: nossos conterrâneos em primeiro lugar, nossa forma de expressão através de um visual contemporâneo e especialmente a ousadia na criatividade! curiosidades que só vemos em terras tupiniquins!
a ,ovo (luciana martins e gerson de oliveira) é caracterizada por produzir mobiliário e objetos com forte personalidade desde 1991. suas peças são reconhecíveis não só pela qualidade plástica, mas pelos procedimentos artísticos e de comunicação. dizem coisas, para aél do uso programático.
TIRAS
a concisão das formas e a depuração do conceito encontram uma nova maturidade projetual nesses móveis e estampas de luciana martins e gerson de oliveira. linhas modulares de estofados, vice-versa e so good delimitam zonas de conforto extremo - tátil, térmico, visual. uma manta de pluma cobre assento e enconto, fixando-se ao corpo dos módulos por um sistema original de abotoamento; as formas se insipiram em cama e travesseiro e as costuras descontroem padrões clássicos de mateiassê.
desenvolvidas em parceiria com a a locomotiva, as composições geométrica e aleatórias da estamparia digital derivam de uma intensa pesquisa com fragmentos de cor, que teve como base combinações de filtros gelatinosos de iluminação. o desenho reina nos sofás e poltronas da linha copo d'água, com tipologia que remete ao futurismo dos anos 60 e aos louges de aeroportos. tiras nasce da ideia de compor planos a partir de linhas; resolta em bancos e mesas que tiram partido de elementos cazados para se desenhar no espaço.
a estante wireframe deve seu nome à estrutura aramada que antecede o estáfio de renderização nos projetos em 3-d. por trás da economia formal, esconde um sistema de encaixes, apoios e aletas que a torna capaz de sustentar uma biclioteca. pensada como uma espécie de narrativa, que tem como células elementos de funções, formas e cores diversas, a clack é um multiutilitário de configuração mutante e presença escultórica.
+ infos em: http://www.ovo.art.br
+ fotos do lançamento aqui!
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II Mostra Live Cinema
De 24 a 29 de novembro de 2009, o Teatro do SESC Pompeia é palco da II Mostra Live Cinema, um evento internacional que pretende mapear, reunir e exibir os mais significativos trabalhos ligados à arte da manipulação de imagens e sons em tempo real.
Com curadoria de Luiz Duva, a segunda edição conta com a presença do japonês Daito Manabe, que já virou febre no youtube com mais de um milhão de acessos e o argentino Claudio Caldini, além de dez artistas de quatro estados brasileiros.
"Redefino a existência de mídias e tecnologias a partir de ângulos exclusivos, participo ativamente em váris canais tais como arte, design e até pesquisa e desenvolvimento. Produzo outputs, sejam eles de sons, imagens e luz através da análise e transformação dos valores numéricos adquiridos com sensores e dispositivos de entrada." Daito Manabe
Dentre as três apresentações de ontem, me chamou bastante atenção o projeto conceitual HOL de arte generativa criado pelo artistia multimídia Henrique Roscoe. Nele, as cores, as formas e os movimentos de cada elemento são sincronizados com notas, harmonias e ritmos buscando sinestesia. Em HOL o som e a imagem têm exatamente a mesma importância e são gerados ao mesmo tempo ao se tocar uma das notas do teclado que, nesse caso, podem ser entendidas como instrumentos audioisuais específicos que foram construídos em software pelo artista.
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20091123
Dudu Falcão Lança seu primeiro CD solo
por Marione Tomazoni - Cinnamon
Apesar de já ter mais de 200 canções gravadas, são poucas as pessoas que conhecem Dudu Falcão. Na realidade, tenho certeza que vocês já escutaram no mínimo uma composição deste pernambucano, radicado carioca. Acho que a canção unânime é "Paciência", de Lenine, que consigo escutar dez vezes sem parar e toda vez gostar mais ainda da letra.
Com a internet passamos a esquecer que nos encartes dos CDs podemos descobrir o nome dos compositores, quem fez os arranjos, o produtor...A tecnologia é ótima, mas os velhos hábitos poder escrever no papel e amassá-lo, de poder abrir o encarte do CD para ler as letras das músicas, a arte da capa dos DVDs...Tudo quase sumiu...
Dudu Falcão preserva essa nostalgia, com canções que nos fazem flutuar e pensar nos momentos belos e não tão românticos da vida.
Ao lado, uma matéria sobre o disco de estreia de Dudu, publicado no jornal O Globo. Eu conheci as canções inéditas e antigas de Dudu, atráves de seu irmão e meu amigo Felipe Falcão e deixo a dica para vocês.
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20091122
Metropolis Suspended garden of babylon
Urban intervation idealized by Felipe Morozini, directed by Jeorge Simas around Elevado Costa e Silva in São Paulo City, to make a little bit less rough. One dweller and 21 friends painting one of the most crowded avenue in the biggest city in South America.
Info: Sound track: Hurtmold Song: MÚSICA POLÍTICA PARA MARADONA CANTAR Album: Mestro Label: Submarine Records
METROPOLIS ART PRIZE ENTRY 2009
VOTE NOW for your favorites by clicking the thumbs-up icon beneath the video (or click ‘Vote Now’ if watching on mobile). The voting period is 4th November – 2nd December.
Watch all the Metropolis Art Prize entries here
20091119
20091117
Projeto Papai Noel dos Correios - 2009
sinceramente o natal pra mim é aquela época em que todas as pessoas resolvem vestir suas máscaras para mostrar pros outros o quanto são preocupadas e engajadas com os menos favorecidos... uma hipocrisia bem cara de pau mesmo! porque qualquer hora é hora para uma boa ação! e todo mundo desejando boas festas, ótimo ano novo soa forçado para mim... porque não desejar isso pra todo mundo sempre? não consigo entender! faço minhas doações sempre que posso e sei quais são minhas limitações neste caso! então não vejo porque expor mais do que o necessário! de qualquer forma, contrariando um pouco minhas brisas natalinas, recebi uma mensagem da minha amiga natália borghoff bulcão, sobre a campanha que os correios fazem todos os anos! achei interessante exatamente porque apesar do natal também ser uma festa montada pela coca-cola (hahaha, lenda, será?) muitas crianças ainda acreditam nisso e com tanta coisa ruim acontecendo, essa ilusão de um mundo melhor é sempre bacana e importante estimular isso, para dar um pouco de esperança pra quem estará aqui no futuro...
O que é:
O Projeto Papai Noel dos Correios é uma ação corporativa, desenvolvida em todas as 28 Diretorias Regionais, que tem como foco principal o envio de carta-resposta às crianças que escrevem ao “Papai Noel”. O objetivo central é manter a magia do Natal.
Além de estimular a redação de cartas manuscritas pelas crianças, o projeto visa atender aos pedidos de presentes de Natal de crianças em situação de vulnerabilidade social, estimular o voluntariado dentro e fora da empresa e incentivar a solidariedade dos empregados e da sociedade.
{+} infos aqui no site dos correios!
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20091116
O homem medíocre
recebi de uma grande amiga alguns trechos do livro "O homem medíocre" (José Ingenieros). Algumas palavras parecem estranhas, assim como a pontuação. mas o conceito do que seria o homem medíocre, dá para entender bem! palavras da própria Mirian. Obrigado! Sempre me ajudando com meus questionamentos sobre a vida, as pessoas e toda essa rotina louca atual...
Muitos nascem: poucos vivem. Os homens sem personalidade são inumeráveis e vegetam, moldados pelo meio, como cera fundida no cadinho social. Sua moralidade de catecismo e sua inteligência quadriculada, os constrangem a uma perpétua disciplina do pensamento e da conduta; sua existência é negativa como unidade social. (50)
O homem medíocre é uma sombra projetada pela sociedade; é, por essência, imitativo, e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho, refletindo rotinas, preconceitos e dogmatismos reconhecidamente úteis para a domesticidade" (58).
Os homens medíocres, afirma Ingenieros: "São rotineiros, honestos, mansos; pensam com a cabeça dos outros, condividem a hipocrisia moral alheia, e ajustam o seu caráter às domesticidades convencionais.
Estão fora de sua órbita o engenho, a virtude e a dignidade, privilégio dos caracteres excelentes; sofrem, por isso, e os desdenham. São cegos para as auroras; ignoram a quimera do artista, o sonho do sábio e a paixão do apóstolo. Condenados a vegetar, não suspeitam que existe o infinito, para além dos seus horizontes.
O horror do desconhecido ata-os a mil preconceitos tornando-os timoratos e indecisos; nada aguilhôa a sua curiosidade; carecem de iniciativa, e olham sempre para o passado, como se tivessem olhos na nuca.
São incapazes de virtude; ou não a concebem, ou ela lhes exige demasiado esfôrço. Nenhum afã de santidade consegue pôr em alvoroço o sangue do seu coração; às vêzes não praticam crimes com mêdo do remorso.
Não vibram com tensões mais altas de energia; são frios, embora ignorem a seriedade; apáticos, sem serem previsores; acomodatícios sempre, nunca equilibrados. Não sabem estremecer, num calafrio, sob uma carícia terna, nem desencadear de indignação, diante de uma ofensa.
Não vivem a sua vida para si mesmos, senão para o fantasma que projetam na opinião dos seus semelhantes. Carecem de linha; sua personalidade se desvanece, como um traço de carvão sob a ação do esfuminho, até desaparecer por completo. Trocam a sua honra por uma prebenda, e fecham a sua dignidade com chave, para evitar um perigo; renunciaram a viver, ao invés de gritar a verdade em face do êrro de muitos. Seu cérebro e seu coração estão entorpecidos igualmente. Como pólos de um imã gasto.
Quando se arrebanham, são perigosos. A fôrça do número supre a debilidade individual: mancomunam-se aos milhares, para oprimir todos quantos desdenham encadear a sua mentalidade nos élos da rotina.
Subtraídos à curiosidade do sábio, pela couraça da sua insignificância, fortificam-se na coesão do total; por isso, a mediocridade é moralmente perigosa, e o seu conjunto é nocivo em certos momentos da história: quando reina o clima da mediocridade. (65-66)
São prosáicos. Não têm ânsias de perfeição: a ausência de idéias impede-os de pôr, em seus atos, o grão de sal que profetiza a vida. (76)
Pressentem um perigo em tôda idéia nova; se alguém lhes dissesse , que os seus preconceitos são idéias novas, chegaria a julgá-los perigosos. (78)
Vivem uma vida que não é viver. Crescem e morrem como plantas; não necessitam ser curiosos, nem observadores. São prudentes, por definição, de uma prudência desanimadora. Se um dêles passasse junto ao campanário inclinado de Piza, afastar-se-ia, temendo morrer esmagado. (79)
Muitos nascem: poucos vivem. Os homens sem personalidade são inumeráveis e vegetam, moldados pelo meio, como cera fundida no cadinho social. Sua moralidade de catecismo e sua inteligência quadriculada, os constrangem a uma perpétua disciplina do pensamento e da conduta; sua existência é negativa como unidade social. (50)
O homem medíocre é uma sombra projetada pela sociedade; é, por essência, imitativo, e está perfeitamente adaptado para viver em rebanho, refletindo rotinas, preconceitos e dogmatismos reconhecidamente úteis para a domesticidade" (58).
Os homens medíocres, afirma Ingenieros: "São rotineiros, honestos, mansos; pensam com a cabeça dos outros, condividem a hipocrisia moral alheia, e ajustam o seu caráter às domesticidades convencionais.
Estão fora de sua órbita o engenho, a virtude e a dignidade, privilégio dos caracteres excelentes; sofrem, por isso, e os desdenham. São cegos para as auroras; ignoram a quimera do artista, o sonho do sábio e a paixão do apóstolo. Condenados a vegetar, não suspeitam que existe o infinito, para além dos seus horizontes.
O horror do desconhecido ata-os a mil preconceitos tornando-os timoratos e indecisos; nada aguilhôa a sua curiosidade; carecem de iniciativa, e olham sempre para o passado, como se tivessem olhos na nuca.
São incapazes de virtude; ou não a concebem, ou ela lhes exige demasiado esfôrço. Nenhum afã de santidade consegue pôr em alvoroço o sangue do seu coração; às vêzes não praticam crimes com mêdo do remorso.
Não vibram com tensões mais altas de energia; são frios, embora ignorem a seriedade; apáticos, sem serem previsores; acomodatícios sempre, nunca equilibrados. Não sabem estremecer, num calafrio, sob uma carícia terna, nem desencadear de indignação, diante de uma ofensa.
Não vivem a sua vida para si mesmos, senão para o fantasma que projetam na opinião dos seus semelhantes. Carecem de linha; sua personalidade se desvanece, como um traço de carvão sob a ação do esfuminho, até desaparecer por completo. Trocam a sua honra por uma prebenda, e fecham a sua dignidade com chave, para evitar um perigo; renunciaram a viver, ao invés de gritar a verdade em face do êrro de muitos. Seu cérebro e seu coração estão entorpecidos igualmente. Como pólos de um imã gasto.
Quando se arrebanham, são perigosos. A fôrça do número supre a debilidade individual: mancomunam-se aos milhares, para oprimir todos quantos desdenham encadear a sua mentalidade nos élos da rotina.
Subtraídos à curiosidade do sábio, pela couraça da sua insignificância, fortificam-se na coesão do total; por isso, a mediocridade é moralmente perigosa, e o seu conjunto é nocivo em certos momentos da história: quando reina o clima da mediocridade. (65-66)
São prosáicos. Não têm ânsias de perfeição: a ausência de idéias impede-os de pôr, em seus atos, o grão de sal que profetiza a vida. (76)
Pressentem um perigo em tôda idéia nova; se alguém lhes dissesse , que os seus preconceitos são idéias novas, chegaria a julgá-los perigosos. (78)
Vivem uma vida que não é viver. Crescem e morrem como plantas; não necessitam ser curiosos, nem observadores. São prudentes, por definição, de uma prudência desanimadora. Se um dêles passasse junto ao campanário inclinado de Piza, afastar-se-ia, temendo morrer esmagado. (79)
No verdadeiro homem medíocre, a cabeça é um simples adôrno do corpo. Se nos ouve dizer que serve para pensar, julga que estamos loucos" (81).