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20090907

banheiro público

Certo dia eu estava viajando por uma rodovia e parei em um posto de serviços para abastecer o veículo e tomar um café. Então, aproveitei para ir ao banheiro e, lá chegando, no sanitário ao lado havia outra pessoa. Não costumo conversar com desconhecidos, principalmente em banheiros públicos, mas na condição de viajante anônimo e por educação respondi a ele...

Foi então, que ouvi:
- Oi, como vai?
- Eu vou bem, obrigado!!

A pergunta me pareceu estúpida, mas mesmo assim respondi:
- Por onde você tem andado?
- Acredito que igual a você, estou viajando!

Embora me sentindo incomodado com a pergunta, novamente respondi:
- Posso saber para onde vai?
- Sim, claro, estou indo a São Paulo e posteriormente, ao Rio!

Totalmente arrependido de ter dado sequência à conversa, ainda respondi:
- Suponho que vais atrás de um bom negócio!
- Sim, vou! Espero que o resultado seja positivo!
- Olha, logo eu volto a te ligar, é que a bateria do meu celular está no fim e, além disso, tem um idiota aqui ao lado que responde tudo que eu te pergunto!

Moral:
Limite-se a fazer o que está de acordo com o local onde se encontra.

Se vai à Igreja, reze
Se vai à festa, divirta-se
Se vai ao restaurante, coma
Porém, se for ao banheiro, Cague quieto!
_

Vovô nem é tão velho...

Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?
E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco... Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional. Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on-line. Não se havia inventado ar-condicionado, lavadora, secadoras (as roupas simplesmente secavam ao vento). O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual. Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings. Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo. Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita". No meu tempo, virgindade não produzia câncer. Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser responsáveis pelos nossos atos. Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa. Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos. Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos. Não se conhecia telefones sem fio e muito menos celulares. Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, fitas K-7, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis). "Notebook" era um livreto de anotações. Aos relógios se dava corda a cada dia. Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, microondas nem rádio-relógios-despertadores. Para não falar dos videocassetes, ou das filmadoras de vídeo. As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada. Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China". Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald's", nem de café instantâneo. Havia casas onde se comprava coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos. No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava. "Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia. Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho. Agora me diga quantos anos acha que tenho?
- Hiii... vovô, mais de 200! Falou o neto.
- Não, querido, somente 58!