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REVELANDO SÃO PAULO




Através do programa Revelando São Paulo a Abaçaí Cultura e Arte, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, vem reunindo há mais de uma década, uma amostragem significativa da cultura tradicional em São Paulo, dando a conhecer aos paulistas e ao Brasil, aspectos desconhecidos ou pouco divulgados da vida em São Paulo, refletindo o mais possível, nossa diversidade cultural, promovendo o encontro do rural com o urbano, do tradicional com a mídia.

Nesse encontro, os “artistas”, os “sujeitos das ações”, são nossos congadeiros, moçambiqueiros, foliões do Divino e de Santos Reis, são gonçaleiros e catireiros, violeiros, romeiros, cavalarianos e artesãos de várias procedências de nosso Estado. É sobre eles que se ajustam os focos.

E a parceria que se estabelece com as prefeituras para sua realização tem feito estreitar os vínculos das administrações locais com as expressões culturais mais espontâneas de suas regiões, fazendo o intercâmbio e a interação entre os grupos nas festas, fato tímido até então.

Além do Festival da Cultura Paulista Tradicional realizado na cidade de São Paulo, este programa desenvolve outros três festivais regionais, que dão conta das peculiaridades da cultura tradicional nas regiões do Vale do Paraíba, Vale do Ribeira e Região Bragantina.

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MINHA ROSA DO JARDIM


Oh minha Virgem Mãe
Vós que me fizeste assim
Minha Flor, minha esperança
Minha Rosa do jardim

Este perfume de Rosa
Este cheiro de jasmim
Minha flor, minha esperança
Minha Rosa do jardim

Vou zelando este Presente
Que mandastes para mim
Minha flor, minha esperança
Minha Rosa do jardim

Eu estou neste jardim
Desta Flor Imperial
Esta flor, minha linda flor
Do Reinado do Astral...

(Minha Rosa do Jardim - Padrinho Alfredo)
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PERDÃO NA INTIMIDADE


Quando nos referimos a perdão, habitualmente mentalizamos o quadro clássico em que nos vemos à frente de supostos adversários, distribuindo magnanimidade e benemerência, qual se pudéssemos viver sem a tolerância alheia.

O assunto, porém, se espraia em ângulos diversos, notadamente naqueles que se reportam ao cotidiano.
Se não soubermos desculpar as faltas dos seres que amamos, e se não pudermos ser desculpados pelos erros que cometemos diante deles, a existência em comum seria francamente impraticável, porquanto irritações e azedumes devidamente somados atingiram quotas suficientes para infligir a desencarnação prematura a qualquer pessoa.

Precisamos muito mais do perdão, dentro de casa, que na arena social, e muito mais de apoio recíproco no ambiente em que somos chamados a servir, que nas avenidas rumorosas do mundo.
Em auxílio a nós mesmos, todos necessitamos cultivar compreensão e apoio construtivo, no amparo sistemático a familiares e vizinhos, chefes e subalternos, clientes e associados, respeito constante a vida particular dos amigos íntimos, tolerância para os entes amados, com paciência e olvido diante de quaisquer ofensas que assaltem os corações. Nada de aguardamos sucessos calamitosos, dores públicas e humilhações na praça, a fim de aparecermos na posição de atores da benevolência dramatizada, apesar de nossa obrigação de fazer o bem e esquecer o mal, seja onde for.

Aprendamos a desculpar - mas a desculpar sinceramente, de coração e memória -, todas as alfinetadas e contratempos, aborrecimentos e desgostos, no círculo estreito de nossas relações pessoais, exercitando-nos em bondade real para ser realmente bons. Tão somente assim, lograremos praticar o perdão que Jesus nos ensinou. E se o Mestre nos ensinou perdoar setenta vezes sete aos nossos inimigos, quantas vezes deveremos perdoar aos amigos que nos entretecem a alegria de viver? Decerto que o Senhor se fez omisso na questão porque tanto de nossos companheiros necessitam de nós, quanto nós necessitamos deles, e, por isso mesmo, de corações entrelaçados no caminho da vida, é imprescindível reconhecer que, entre os verdadeiros amigos, qualquer ocorrência será motivo para aprendermos, com segurança, a abençoar e entender, amar e auxiliar.

Livro: Alma e Coração. 
Espírito Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

CONQUISTA ÍNTIMA


Todos os estados enfermiços da alma se assemelham, no fundo, aos estados enfermiços do corpo. Solicitando remédio adequado que lhes patrocine a cura.

E a impaciência que tantas vezes gera rixas inúteis é um deles, pedindo o específico da calma que a desterre do mundo íntimo. Como, porém, obter a serenidade, quando somos impulsivos por vocação ou por hábito? Justo lembrar que assim como nos acomodamos, obedientes, para ouvir o professor trazido a ensinar-nos, é forçoso igualmente assentar a emotividade, na carteira do raciocínio, a fim de educá-la, educando-nos; e, aplicando os princípios de fraternidade e de amor que abraçamos, convidaremos os nossos próprios sentidos à necessária renovação.

Feito isso, perceberemos que todo instante de turvação ou desequilíbrio é instrumento de teste para avaliação de nosso próprio aproveitamento.

Aprenderemos, por fim, que diante da crítica estamos convocados à demonstração de benevolência; diante da censura, é preciso exercer a bondade; à frente do pessimismo, somos induzidos a cultivar a esperança; ante a condenação, somos indicados à benção; e que, renteando com quaisquer aparências do mal, é imperioso pensar no bem, dispondo-nos a servi-lo. Entregando-nos com sinceridade a semelhantes exercícios de compreensão de valores eternos no terreno do espírito.

É assim que, em matéria de paciência, se a paciência, nos foge, urge reconhecer que, perante as circunstancias mais constrangedoras da vida, estamos, todos nós, no momento justo de conquistá-la.

Mensagem do livro "Rumo certo" (Autor Desconhecido)
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