20071229

onde você esconde seu preconceito?



depois desse link, descobri que escondo meu preconceito dentro de um copo!!! na verdade, esse foi o tema para do projeto experimental do pessoal do terceiro semestre do curso de editoração da fmu neste final de ano, mas infelizmente não pude assití-los, afinal estava prestes a me formar e agora que tudo (finalmente) acabou parei pra pensar nesse assunto, então nessa de "o que está rolando de bizarro internet" acabei me deparando com um vídeo nada convencional que, aconselhado por uma (mui)amiga, seria mais interessante se eu assististisse primeiro a reações das pessoas que já haviam visto o tal vídeo.

e lógico que a curiosidade de uma pessoa, ainda mais vendo que as pessoas realmente se surpreendiam com o vídeo, me fez cair nessa também! por mais que algumas pessoas afirmem ser montagem ou coisa do tipo, eu que sou uma pessoa total sem preconceitos consegui sim ficar com total receio desse vídeo: a que ponto pode chegar uma pessoa? matar, morrer, se machucar, aparecer, se esconder... prazer? quem sou eu pra questionar o que é bom ou ruim pra alguém, nem eu consigo adminstrar minha própria vida! mas vamos combinar que essa não é a melhor forma de ficar conhecida na net, isso se for o intuido das protagonistas do filme! mas depos desse víde, nada mais pode me chocar na internet!

tirem as crianças da frente do computador! nesse final de ano a melhor coisa é ir mesmo pra praia, pular as sete ondinhas! em sítio não tem mar, então vai ter que ser no improviso! mesmo assim essa virada de ano é muito boa pra fazer a gente pensar o quanto de merda (literalmente) rola na internet e qual nosso tipo de consumo! eu estava total envolvido com contos nacionais de terror e suspense por causa do tcc, criando um projeto pra resgatar o hábito da leitura no público pré-adolescente e acabo me decepcionando com tudo isso!
me fez lembrar dos tempos em que tudo era só ingenuidade...

mamãe querida, vamos lamber ferida?
ferida não me seduz, prefiro um copo de pus!
pus, só na caneca, vamos comer meleca?
meleca só no jantar, abre a boca que eu vou vomitar!
(hmm) seu vômito está quentinho! que tal cocô no espetinho?

(autor desconhecido)


na real, a intimidade é uma merda!
mas e você, onde esconde seu preconceito?
_

auto-ajuda de bolso

se nada mudar, invente; e quando mudar, entenda.
se fica difícil, enfrente. e quando ficar fácil, agradeça.
se a tristeza rondar, alegre-se. e quando ficar alegre, contagie.
se o caminho for longo, persista. e quando chegar, comemore.
se achar que acabou, recomece. e quando recomeçar, acredite!

_

20071109

zeitgeist movie


dirigido por peter joseph, foi realizado com a finalidade de inspirar as pessoas a começar a olhar para o mundo a partir de uma perspectiva mais crítica e levá-las a compreender que as coisas, muito freqüentemente, não são o que parecem ser. documentário em inglês com legendas em português (de portugal). um documentário surpreendente por prender o espectador do início ao fim, linkando todos os assuntos e desvendando e relacionado dúvidas sobre origem e destino.
zeitgeist - é um termo alemão, que se traduz como espírito do tempo, também podendo se utilizar do termo em português para denominá-lo. o zeitgeist significa, em suma, o nível de avanço intelectual e cultural do mundo, em uma época. a pronúncia alemã da palavra é tsaitgaist, de acordo com o dicionário escolar michaelis de alemão.
origem: wikipédia, a enciclopédia livre.

20071030

humor


slow down babe!

anônimo - via internet

"já vai para 16 anos que estou aqui na volvo, uma empresa sueca. trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. é regra. então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo. os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. e trabalham num esquema bem mais "slow down". o pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui .

e vejo assim:

1. o país é do tamanho de são paulo;
2. o país tem 2 milhões de habitantes;
3. sua maior cidade, estocolmo, tem 500.000 habitantes (veja curitiba, que tem 2 milhões);
4. empresas de capital sueco: volvo, scania, ericsson, electrolux, abb, nobel biocare, etc;
5. para ter uma idéia, a volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da nasa.

digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários. entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. vou contar para vocês uma breve só para dar noção. a primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. era setembro, frio, nevasca... chegávamos cedo na volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). no primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei: "- você tem lugar demarcado para estacionar aqui? - notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final." ele me respondeu simples assim: "- é que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. você não acha?" olha a minha cara! ainda bem que tive esta na primeira. deu para rever bastante os meus conceitos.

há um grande movimento na europa hoje, chamado slow food. a slow food international association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na itália (o site http://www.slowfood.com/), é muito interessante. veja-o!. o que o movimento slow food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. a idéia é a de se contrapor ao espírito do fast food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusou. a surpresa, porém, é que esse movimento do slow food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado slow europe como salientou a revista business week numa edição européia. a base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". segundo a business week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. e os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "fast" (rápido) e do "do it now" (faça já). portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress". significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global", indefinido e anônimo. significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor. gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso...

será que os velhos ditados "devagar se vai ao longe" ou ainda "a pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"? no filme "perfume de mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por al pacino, tira uma moça para dançar e ela responde: "não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos." - "mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango. e esta pequena cena é o momento mais bonito do filme. algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que


só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim... para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe. tempo todo mundo tem, por igual! ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. a diferença é o que cada um faz do seu tempo. precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse john lennon: "a vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"... muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado. pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família. de ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas... poderá ser tarde demais! saber aprender para sobreviver...

20071026

as mulheres nos anos dourados



as mulheres nos anos dourados, exposição organizada e produzida por juliana leite, ficará no museu da cultura da puc-sp de 22 a 26 de outubro, a instalação contará com fotos, ilustrações, música, projeções e textos, a intenção de provocar sensações e reflexões sobre a dupla imagem da mulher. entrada gratuita.
o objetivo central da exposição é refletir sobre a mulher e sua imagem durante os chamados anos dourados. traçando um paralelo entre a público e privado, procurando entender como as mídias na década de 1950 construíram uma dupla imagem da figura feminina.
por muito tempo as mulheres ficaram a margem da história, quase como se apenas o gênero masculino fosse o único a fazê-la. sair das sombras foi mérito do movimento feminino, no qual a mulher questionou-se e questionou a sociedade, na intenção de compreender as raízes da dominação e as relações entre os sexos através do espaço e do tempo.
apesar de sabermos da existência de movimentos femininos em épocas anteriores, será na sociedade de cultura de massa contemporânea ocidental que de fato surgira a figura feminina como sujeito e objeto e que utilizou-se tanto de sugestões provenientes dos estímulos libertadores políticos e sociais, quanto tradicionais, do velho estereótipo sobre suas imagens, para procurar produzir a sua identidade. é nesse momento que as mulheres começam a redescobrir seu corpo e sua sexualidade. ao mesmo tempo, a conquista possibilitou visibilidade e respeito, provocando na própria mulher ambivalências que se justificam justamente dentro da dialética entre a imagem e a realidade, entre o público e privado, onde se construiu modelos culturais do gênero feminino ainda pautados na hegemonia da classe média branca, bem como o desejo masculino e o fetichismo pelos objetos. numa época em que mostrar as pernas era atitude subversiva e ser fotografada nua, atentado ao pudor, lápis e tinta davam forma a essas mulheres enquanto o mundo real estava emergido no contexto de guerra.
nosso maior interesse é analisar e expor como e porque os desenhos das pin-ups, enquanto manifestação da cultura popular, veiculada pelos meios de comunicação de massa, tratou a questão da mulher e suas representações, no contexto de uma estrutura mais geral de desigualdade e opressão do gênero.

20071022

boicot a la presencia de guillermo habacuc vargas en la bienal centroamericana honduras 2008


En la pared del fondo, la que se mira desde el pórtico de la entrada, había un texto en el que se leía la frase "Eres lo que lees"



lo que forma las letras es comida de perro



Un perro enfermo, callejero. Murió en la galeríano se le dio alimento... Según supe el perro murió al día siguiente por falta de comida. Durante la inauguración supe que el perro fue perseguido por la tarde entre las casas de aluminio y cartón de un barrio de Managua con nombre de santo que Habacuc que no pudo precisar en el momento. 5 niños de los que ayudaron en la captura recibieron bonos de 10 córdobas por su colaboración. Durante la exhibición algunas personas pidieron la libertad del perrito, a lo que él artista se rehuso. El nombre del perro era (fue) Natividad, y se le dejo morir de hambre a la vista de todos, como si la muerte de un pobre perro fuera un show mediático desvergonzado en el que nadie hace nada más que aplaudir o mirar desconcertado.


Definitivamente somos lo que leimos: puras croquetas. En el lugar que el perro estuvo expuesto solo queda un cable de metal y una cuerda. El perro estaba sumamente enfermo, renqueaba y no quería comer de todos modos, así que en un entorno natural hubiera muerto de todos modos; pero a sí son todos los pobres perros: tarde o temprano se mueren o los mueren.

[+]
petition online
sign the petition

_

20071004

as futilidades das celebridades

por alan neto [metrô news]

"caro leitor, nos últimos anos o brasil tem produzido várias pesudo-celebridades. a frase: "parece cômico se não fosse trágico" cabe bem nessa última situação. a responsabilidade principal é do chamado "quarto poder", ou seja, da mídia. principalmente a televisão, que cria ídolos a todo momento. personagens que surgem do total anonimato e alcaçam o "estrelato" em questão de semanas. os casos são inúmeros que não podem ser descritos nesta coluna, pois não há espaço para isso. porém, vamos citar alguns: mais recentemente o caso da bandeirinha que pousou nua, a jornalista do caso do senador que também ficou pelada, além, é claro, das muitas ex-bbbs que já passaram por várias revistas masculinas. no caso dos homens, a celebridade do momento é o último ganhador do bbb. aliás, todo ganhador ou participante de destaque desse reality show torna-se celebridade, ao menos por um tempo.

alguns deles até que têm um pouco a dizer, outros não dizem nada, porque simplesmente não têm o que dizer. tentam carreira de modelos, cantores, atores, mas sobrevivem por uma efemeridade espantosa. por falr nisso, perguntem a uma atriz como fernanda montenegro quanto tempo ela levou para ser forjada no mundo dos espetáculos. toni ramos também tem uma carreira enraizada que dispensa comentários. podemos citar também figuras que nos deixaram saudades. por exemplo raul cortez, simplesmente um ícone do teatro e da televisão brasileiros. mas quem se lembra do primeiro ou segundo ganhador do bbb? creio que muioto poucos ou ninguém se recorda deles. na área musical também há incontáveis casos. um grupo de meninas que arrastava multidões por todo o brasil se desfez e desapareceu do mesmo modo que surgiu. do lado dos rapazes, a mesma situação com outro grupo formado sem consistência alguma. contudo, não existem apenas ídolos meteóricos que vêm dos programas de entretenimento. quem não conhece o bandido daquela facção criminosa que ficou andando preso de jatinho pra lá e pra cá, pois ninguém o queria em seu estado. e tudo pago com nosso dinheiro.

o fato é que o aparecimento dessas pessoas tem a ver com a falta de políticas públicas voltadas à cultura popular. onde está o incentivo à leitura? na população em geral, quem conhece os grandes poetas brasileiros? quantos livros o brasileiro humilde já leu? quantas vezes já foram ao teatro? o povo acaba ficando à margem de uma cultura tão rica como a nossa. enquanto não houver uma profunda transformação/revolução na educação de nosso país, a atividade principal do brasileiro será assistir aos programas de fofocas que ocupam grande parte dos horários da televisão. e adivinhem de quem eles falam... isso mesmo, das celebridades efêmeras que citamos. brasil, reaja! procure assistir ou ler aquilo que te enriquece intelectualmente. não eprca seu tempo com a vida dos outros. aproveite para conviver mais com sua família, conversar com seus filhos, praticar esportes, acompanhar a política e, principalmente, seja seletivo naquilo que adentra às suas casas e à sua mente. não sejam fúteis como os fúteis."

20070904

guto lacaz

o centro cultural de são paulo conta a trajetória de 30 anos de casamento do arquiteto e artista guto lacaz com a arte. toda a sua produção ficará a mostra a partir do dia 16 de setembro. são cerca de 300 trabalhos que envolvem logos, cartazes, programas de teatro e dança, projetos gráficos de livros e revistas, capas de discos, ilustrações, convites e projetos especiais. guto lacaz é um artista multimídia, desenhista, ilustrador, designer, cenógrafo e editor de arte de revistas. sua produção abrange a área de design gráfico, criação com objetos do cotidiano e a exploração das mídias tecnológicas na arte, sempre tratada com humor e ironia.

quando?
de 16 de setembro até 9 de dezembro

como?
terça à sexta, das 10h às 20h - sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

onde?
centro cultural de são paulo - rua vergueiro, 1000 (sala tarsila do amaral)

see ya! ;)


via: Miki Malka
(11) 5072-9234
http://www.mikimalka.com.br/

20070822

brasil

o cara tem um caso com uma jornalista
a jornalista fica grávida
o cara tem que pagar pensão
o cara é casado, quer sigilo
a pensão fica cara
o cara é político e tem um nome a zelar
a pensão fica mais cara ainda
o cara pede à uma empreiteira
a empreiteira não faz caridade
inclui o custo da mesada nas obras do governo
o governo faz emendas no orçamento
o governo mantém os impostos extorsivos para pagar toda esta ineficiência e sujeita
você paga impostos

tchá tchá tchá...

a vida tem quatro sentidos:
amar, sofrer, lutar e vencer
quem ama, sofre
quem sofre, luta
quem luta, vence

por isso ame muito
sofra pouco
lute bastante
e vença sempre

via orkut te dedico: creiço

elke maravilha

"sou filha da guerra. acredito na paz, mas nós não estamos prontos para ela. a gente não pode ter paz por enquanto. não agüento as pessoas que ficam pedindo paz, paz, paz. qQuando um nobre, como minha mãe, casaria com um russo fodido? só na guerra mesmo. na guerra, ninguém é nada, ninguém é rico, nem nobre, nem porra nenhuma. a guerra nos nivela. no Brasil, o fato é que nós só excluímos, excluímos, excluímos pessoas... e não preciso ser socióloga para saber o elementar: se tenho um brinquedo e não divido com meu irmãozinho, um dia ele vai pegar o brinquedo na porrada. e é isso que nós fizemos. nós somos bonzinhos, mas deixamos nossos irmãos na fila do inamps."

(*) trecho da entrevista à
TPM (02/2007), via orkut.

20070809

embriagai-vos!

É NECESSÁRIO estar sempre bêbado. tudo se reduz a isso; eis o único problema. para não sentirdes o fardo horrível do tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
mas - de quê? de vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor. contanto que vos embriagueis e, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder:
- é a hora da embriaguez! para não serdes os matirizados escravos do tempo, embriagai-vos, embriagai-vos sem tréguas! de vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.
charles baudelaire
_

a palavra

já não quero dicionários
consultados em vão.
quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
que resumiria o mundo
e o substituiria
mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.
carlos drummond de andrade

20070731

arnaldo jabor

brasileiro é um povo solidário.
mentira.
brasileiro é babaca.

eleger para o cargo mais importante do estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; aceitar que ong's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade... não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

brasileiro é um povo alegre.
mentira.
brasileiro é bobalhão.

fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. depois de um massacre que durou quatro dias em são paulo, ouvir o josé simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. brasileiro tem um sério problema. quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

brasileiro é um povo trabalhador.
mentira.
brasileiro é vagabundo por excelência.

o brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. o brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

brasileiro é um povo honesto.
mentira.
já foi; hoje é uma qualidade em baixa.

se você oferecer 50 euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. o brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça. 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. mentira. - já foi. historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da guerra do paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. hoje a realidade é diferente. muito pai de família sonha que o filho seja aceito como "aviãozinho" do tráfico para ganhar uma grana legal. se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

o brasil é um pais democrático.
mentira.

num país democrático a vontade da maioria é lei. a maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas mps), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. e ainda somos obrigados a votar. democracia isso? pense! o famoso jeitinho brasileiro. na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política rasileira. brasileiro se acha malandro, muito esperto. faz um "gato" puxando a tv a cabo o vizinho e acha que está botando pra quebrar. no outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? afinal somos penta campeões do mundo né? grande coisa... o brasil é o país do futuro. caramba , meu avô dizia isso em 1950. muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. dessa vergonha eles se safaram... brasil, o país do futuro!? hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

deus é brasileiro.
puxa, essa eu não vou nem comentar...

o que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

para finalizar tiro minha conclusão:

o brasileiro merece! como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: água doce! só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

20070719

erva da boa

bom para a conversa e para a solidão, o chimarrão é um jogo de empatia e intimidade entre (quase) todos gaúchos

revista vida simples, edição: julho de 2007 - por fabrício carpinejar

vamos gervear? o convite pode parecer estranho e mais estranho seria tentar adivinhá-lo. mas não é nenhuma proposta indecente. gervear é matear, chimarrear, verdear, amarguear, apertar um mate ou simplesmente tomar um chimarrão. o chimarrão é quase uma religião no sul do país. tão ligado ao gaúcho que, quando ele viaja, costuma chegar a uma nova cidade de “mala e cuia”, literalmente. o mate funciona como um ritual para dentro, da solidão, e, ao mesmo tempo, para fora, da solidariedade. natural enxergar na cidade de porto alegre gente solitária na varanda tomando mate, como quem fuma um cigarro e olha o movimento, ou nos parques, passando a cuia entre os amigos, como quem reparte bolachinha recheada. o músico regionalista neto fagundes avisa que isso hoje é uma cena comum. nem sempre foi assim. a chaleira do campo foi substituída pela térmica, essencialmente urbana, a partir dos anos 70 e 80, com a invasão de jovens do interior para estudar e trabalhar na capital gaúcha. (o escritor luis fernando veríssimo brinca em o analista de bagé, sucesso humorístico dos pampas, que o êxodo dos gaúchos iniciou após a invenção da térmica.)


estimula e tonifica

diurético, o chimarrão é um concorrente da cafeína. não se toma chimarrão e café simultaneamente. um ou outro, alto lá! se houvesse tarja no mate, estaria escrito “atua como estimulante do coração e do sistema nervoso, elimina os estados depressivos e tonifica os músculos contra a fadiga e o cansaço”. não é apenas água e erva, tem complexo b, cálcio, magnésio, sódio, ferro e flúor. alimenta mesmo, por mais verde e extraterrestre que seja. na sangrenta guerra do paraguai (1864 a 1870), por exemplo, o general francisco da rocha callado conta que o exército brasileiro alimentou-se exclusivamente de chimarrão durante 22 dias. “as pesquisas sobre o chimarrão estão iniciando seriamente agora. revelam que a bebida tem antioxidantes, também presentes no badalado chá verde (chinês), e que produz um leve efeito contra a coagulação no sangue, como a aspirina”, diz o cardiologista fernando lucchese.

é compreendido ainda como antídoto do excesso de carne. de acordo com o psicanalista mário corso, responde como meio mais eficaz para hidratar e equilibrar o gaúcho, flor de carnívoro, que costuma se atolar nos espetos corridos.

espécie de chá manso, como define o escritor luís augusto fischer. propício tanto à reflexão como à roda de amigos. suas ferramentas são simples, constituídas de cuia (a cabeça do porongo decapitado) e bomba (de prata é a melhor; várias famílias gaúchas têm a peça com bocal de ouro, uma jóia que fica curiosamente na gaveta dos talheres). retirada da erveira, planta que atinge a altura de 6 a 8 metros e similar a uma laranjeira, a erva-mate cobre dois terços da cuia. botando menos, é mate comprido. botando mais, é mate curto. a água a ser posta deve estar quente, não fervida, pois pode queimar a erva e infundir gosto infeliz de pneu queimado. lição que o francês viajante saint hilare, em sua passagem pelo rio grande do sul, em 1820, absorveu: “a cuia tem capacidade de mais ou menos um copo, é cheia com erva até a metade, completando-se o resto com água quente. quando o mate é de boa qualidade, pode-se escaldá-lo até dez ou 12 vezes sem renovar a erva”.


velho de guerra

deu para perceber a antiguidade do chimarrão. sua utilização é pré-colombiana, foi alimento básico dos índios guaranis, teve o desenvolvimento de sua cultura pelos jesuítas da companhia de jesus, que transformaram a erva em comércio e exportação de 1610 a 1768. chegou a servir como pagamento, o que fez significar “cheio de erva” como “cheio de grana”.

aos observadores incrédulos, deve-se concluir que não há mistério, é beber e pronto. ledo engano. o chimarrão é um tabuleiro, com regras, educação e simpatias. convide os colegas para jogar. o que errar está desclassificado. não se pede um mate, o mate é oferecido. uma forma de converter um estranho em amigo. é uma deferência e sinal de respeito. o tradicionalista glênio fagundes estabelece uma comparação muito bonita no livro cevando mate. A roda de chimarrão evoca o moinho de vento, ponto de encontro para perguntar ao interlocutor “quem ele é, de onde vem, o que quer, quando vai?”

cuidado: não se entrega o mate ou se recebe com a mão esquerda. ao se enganar, diga: “desculpe a mão!” só o cevador (o preparador do mate) tem a licença para arrumar e mexer na erva. não adianta fuçar a bomba ou ajeitála por conta própria, mesmo que o chimarrão esteja entupido e não saia nada mais que ar. devolva ao dono que ele arruma. o primeiro a tomar é também sempre o que fez. para mostrar que está bom e, de modo nenhum, envenenado (risos). o segundo mate partirá para o mais velho ou alguém a se prestar uma homenagem. a cuia segue no sentido anti-horário, do lado direito (o lado do “laçar”) em diante, de volta ao cevador. perderá pontos, isso é importante, se você não roncar a cuia. é preciso tomar a água até o final, senão é descortesia. não agradeça na hipótese de continuar na roda. é entendido como uma despedida ou ­ pior ­ um jeito polido de dizer que o mate não estava agradável, provavelmente frio e com a erva lavada. não obstrua o ritmo do círculo, ficando com a cuia à maneira de um copo vazio à espera do garçom.

nem tudo é flor de erva. em fatos e mitos sobre sua saúde, o cardiologista fernando lucchese sugere a quebra de um dos mais sagrados mandamentos da cultura gaudéria em nome da higiene e prevenção. sua observação se refere à mania da cuia de circular de boca em boca. “seria preciso lavar o bocal com a própria água quente. Basta um participante ter herpes labial, que transmitirá aos demais.”

conforme lucchese, o chimarrão pode causar gastrite e esofagite, pela composição da erva ácida e água quente. está relacionado ao câncer de lábio, esôfago e de língua. na década de 70, cidades fronteiriças do rio grande do sul mostraram alta incidência desses casos em comparação às taxas do país. a garrafa térmica ­ novamente ela! ­ diminuiu os riscos.

além do ritual se prestar para rodadas animadas de papo, fofocas e conversas postas em dia, é um ato de reflexão e um mergulho na serenidade. nenhum demérito preparar o mate sozinho. pelo contrário, o verdadeiro mateador é o que não depende de estímulos externos e visitas. “é uma hora para botar as idéias no lugar, refletir sobre o que foi feito no dia anterior, fazer a pauta do dia que se descortina, uma hora para pensar calmamente, para ter aquela paz sem a qual não entendemos as coisas nem criamos nada”, avalia corso.

tradição passional, o chimarrão é como uma prova de iniciação, de batismo de fogo aos interessados em ingressar na cultura gaúcha ou recuperar espaços dentro de si. atividade dos extremos, à semelhança de um grenal (grêmio versus inter), está carregada de exageros e superstições. os que não partilham o costume sentem uma ponta de culpa e se penalizam. um exemplo é o escritor luis fernando veríssimo. no alto de sua reputação unânime, confessa: “acredite ou não, não sei que gosto tem chimarrão. concordo, eu deveria ser expulso do estado”.

20070702

para se lambuzar

por ricky gaioso



opequi é um site meio que, digamos, para referência. um bocado de dicas do que tem de interessante para fazer, ouvir, ler, onde comer, onde viajar, onde encontrar o pessú, design, exposição, gente comum sem senso comum que tem alguma para dividica. e todo o resto, só tem uma maneira de descobrir.

20070602

teatro mágico

“retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento...”

a cidade se devora em cada carro parado, em cada sinal fechado, em cada pedaço de vida mal resolvida. as buzinas teimam em protestar como se a quebra do silêncio pudesse trazer de volta as escolhas que eu nunca fiz. o que passou é passado, vejo pelo retrovisor. não há mais tempo para seguir por outra avenida. jamais saberei quem eu seria numa outra via de acesso. se eu tivesse tomado um atalho, uma rua estreita qualquer, que tipo de pessoa eu teria me tornado? não sei. mas gostaria muito de saber. pelo retrovisor, vejo todas pessoas que eu poderia ter sido e não fui. vejo todas as ruas por onde nunca me atrevi a passar. pelo retrovisor, vejo tudo que eu escolhi não viver enquanto a cidade me devora dia-a-dia.

“se vou pra frente, coisas ficam para trás. a gente só nunca sabe que coisas são essas...”

[*] to lucy

...

20070518

motivacional: ofendendo-se

as pessoas maduras não se abalam por causa de comentários indelicados de outras pessoas. de vez em quando as pessoas dizem coisas para nos testar e fazem comentários do tipo: "você não trabalha duro!" ou "você come demais!" ou ainda "todo mundo sabe que você casou com ele por dinheiro!". às vezes, essas coisas são ditas por inveja, mas com freqüência, são ditas para provocar uma reação. qualquer que seja o motivo, a melhor maneira de lidar com isso é sorrir e, ou não dizer nada, ou concordar com a pessoa.
assim sendo, da próxima vez que seu vizinho o vir em seu carro novo e disser: "você não trabalha quase nada e, ainda assim, eles lhe pagam uma fortuna!", simplesmente sorria e responda: "não é maravilhoso?". você não tem de explicar nada sobre suas responsabilidades e sobre o tempo que fica "ralando" no trabalho. não precisa justificar. apenas sorria e deixe isso para lá.
quando a sua cunhada observar coisas do tipo: "você está sempre tirando férias!", concorde com ela. diga: "sim, adoro tirar férias!". se o seu primo disser: "puxa, você deve ter gasto uma nota nessa piscina", sorria e fale: "pode apostar que sim. é que detesto piscinas baratas"!
não se deixe perturbar. você não vai ganhar nada discutindo com seu primo, sua cunhada, seu vizinho ou com quem quer que seja. quando encontrar com pessoas assim, concorde com elas de uma maneira gentilmente natural. Se você começar a tentar se defender, estará frito. em poucas palavras: somente pessoas que "pensam pequeno" fazem comentários desagradáveis; e somente pessoas que também "pensam pequeno" se ofendem. seja alguém que "pensa grande".
andrew matthews, no livro "faça amigos"
por paulo bruno hoera, meu pai, via e-mail!
...

20070424

a arte da sabedoria

"aquele que conhece os outros é sábio.
aquele que conhece a si mesmo é iluminado.
aquele que vence os outros é forte.
aquele que vence a si mesmo é poderoso.
aquele que conhece a alegria é rico.
aquele que conserva o seu caminho tem vontade.

seja humilde, e permanecerás íntegro.
curva-te, e permanecerás ereto.
esvazia-te, e permanecerás repleto.
gasta-te, e permanecerás novo.

o sábio não se exibe, e por isso brilha.
ele não se faz notar, e por isso é notado.
ele não se elogia, e por isso tem mérito.
e, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele."

lao tsé - tao te ching

...

20070407

aonde?

o que eu gosto mesmo é a tranquilidade de aproveitar um dia de sol. também gosto do frio, mas é no calor quando tenho a oportunidade de poder vivenciar uma sensação que desde criança eu gosto: entrar numa piscina bem funda e sentar no chão, abrir os olhos [quando eu ainda não usava lentes] e ver os raios do sol refletindo sob a água, aí nadar bem devagar, no fundo e passar o maior tempo possível debaixo d'água. assim posso sentir paz, calma, me desligo por alguns instantes das coisas e posso ouvir meu pensamento com uma voz mais alta. pensar na vida, na morte...

quando a gente pensa em água, pensa em muita coisa: somos a meleca do nosso pai, unido com a meleca da nossa mãe e cultivado em água, vamos nos desenvolvendo. e continua sendo vital para o corpo tanto possuir quanto consumir... e se formos parar pra pensar, a água é a resposta pra tudo! com o desenvolvimento da tecnologia, é provável que o ser humano consiga não se preocupar com isso por algum tempo, o que já acontece, mas seria interessante se as pessoas percebecem que já podem preservar o mundo antes do caos previsto, que provavelmente não iremos presenciar, mas seria ótimo saber que a nossa responsabilidade está sendo reflexo pra consciência da humanidade, mas quando páro pra pensar nisso, me dá uma certa tristeza e preguiça, então é por isso que eu gosto mesmo é curtir aquela piscina bem funda...

mas e você, onde queria estar agora?

...

20070406

quem somos nozes?

a gente é um pouco de todos quem [achamos] que conhecemos. afinal, nem nós mesmos sabemos! somos uma soma de experiências únicas, formando pensamentos e tomando atitudes desde o nascimento, quando começamos a entender, a falar, pensar, mas sempre influenciados: aprendendo ou errando com os outros, a partir de registros em nossa mente, de hipóteses, incertezas, de acertos... que não são seus, já que vivemos vidas diferentes, já que não é possível prever o futuro [ou é?] e já que cada um vive sua própria vida [ou não?] porque a gente absorve o que quer [e o que não quer] aí leva consigo, tá lá guardado, tudo! só que tem a questão de instinto, tem a questão da loucura, do [im]previsível, da [in]consciência e da justificativa... estamos preparados? mas pra quê? pra quem? porquê? se o agora é tão efêmero, porque não nos preocupamos em simplesmente viver? o que nos impede de desfocar nossos objetivos e viver em outro lugar? surtar e sair sem rumo, tentar uma nova vida em outro lugar? viver de agricultura... mas então, pode ser medo? do quê? de quem? de perder tudo? tudo o quê? o que nós temos? o que a gente leva? nossas conquistas têm pesos relativos, são elas materias, sentimentais, filosofais? é lógico que uma série de fatores nos influencia a traçar um rumo e seguir uma meta, mas é possível... dependendo de sua inquietação! tudo é uma questão de tempo...

mas agora é agora! agora eu escrevo isso e agora você lê! faz alguma diferença? eu espero que sim... gosto de pensar que faço as pessoas pensarem, porque é isso que eu gosto de fazer, desligar-me da rotina automática e pirar sobre a vida... fazer as coisas de maneiras diferentes: conversar, discutir, analisar e tentar entender...

"a busca, não nasce da consciência da plenitude, mas da sensação de carência, da mutilação" [júlio cortázar]

mas e você, quem é?

...

20070218

tempo

porque o tempo parece acelerar? o cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. então... quando tempo suficiente houver passado, você perderá completamente a noção das horas, dos dias... isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. se alguém tirar estes sinais sensoriais da nossa vida, simplesmente perdemos a noção da passagem do tempo.

compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia. para que não fiquemos loucos, o cérebro faz parecer que nós não vimos, não sentimos e não vivenciamos aqueles pensamentos automáticos, repetidos, iguais. por isso, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. é quando você se sente mais vivo. conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e "apagando" as experiências duplicadas. se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando.

quando começamos a dirigir, tudo parece muito complicado, o câmbio, os espelhos, os outros veículos... nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular (proibido no brasil), ao mesmo tempo. e você usa apenas uma pequena "área" da atenção para isso. como acontece? simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência). em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... são apagados de sua noção de passagem do tempo... que relação tem isso com a aparente aceleração do tempo? tudo.

quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -- as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelerar é a... r-o-t-i-n-a. não entendam mal. a rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. o antídoto para a aceleração do tempo: "m&m".

felizmente há um antídoto: mude e marque. mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas. tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia); use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe da formatura de sua turma, visite parentes distantes, vá a uma final de campeonato, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no natal, ou faça os enfeites com frutas da região e a participação das crianças, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor - faça diferente. beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. seja diferente! em outras palavras... v-i-v-a. porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. enfim, acho que você já entendeu o recado, não é? boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção e vida...
autor desconhecido
...

tag | labels

cultural 2012 humor flagrantes da vida real brasil arte brisa link tupiniquim homem música amor profundo tech brasileiro mulher relação agora sabedoria clássico alx hoera sexo vídeo natureza hype design dica são paulo piada agentegosta vida bizarrices gay história curiosidades hit loveland auto-ajuda de bolso atualidades alex hoera lyrics tempo gringo grana vergonha alheia 2011 desenho política preconceito 80s amizade moda INSIGHT animação eco somos nozes clichê nerd 420 governo alx LISTA sp exposição ... me gusta zeitgeist festa erva saúde love art filme sustentabilidade pmsp drinks poema poesia auto-promoção árvore animais ayahuasca celebridades cultura ritual bagaceirice imagem do dia motivacional photo violência slow food água fingindo naturalidade reciclagem tv geek paz índio família old's cool sex novidade criativo humano mundo teste palavra natural televisão 350 beck polícia tecnologia cvida drama religião sincronicidade #EuSouGay drogas 350.org carnaval cinema vintage acontece movie desenhos lenda lindo photoshop rehab texto homofobia luz polêmica sensibilização tendência trampo war artistas espírito futuro music índia acessibilidade anorexia belo contato nada se leva sensacional triângulos alex fake hiep hiep hoera achado crianças incrível passado planeta relax sol 11:11 ajuda alma chico xavier francisco cândido xavier praia viagem viajar arnaldo jabor ação bacana clima colaborativo curta daniel guarda desabafo ecologia lap to dance original pensamento prefeitura ronaldo show som utilidade verde viva yoga pela paz UMAPAZ climão meio ambiente rainbow spfw terra transexual transformação urbano yoga amigos aquecimento global beijaflor colaboração colorido danger mistura urbana peculiar projeto social quiz raul reflexão rio de janeiro rotina socioambiental teatro trendy tudo 03:03 announcement arts banksy boy boy magia conexão dia mundial sem carro esporte evento gripe suína popporn popporn festival popular produção referência saudades saudável sossego teletransporte telma terremoto wikipedia ano novo ansiedade caminho casa triângulo clipe comunicação drummond dúvida educação figurinista fotografia gato larica livro menina não pode ovo poder presente puta falta de sacanagem receita sentimento sonho tenso virada cultural álcool adriana charoux aula before today blog coordenação de produção delícia desconectar para conectar dinheiro egotrip elke maravilha eu não quero voltar sozinho fato feedback filosofia baraa fofo ivan forneron katita 80 katita make lovely mar maísa moving planet museu da língua portuguesa photos por quê? porque portifolio projeção psicografia risos saudade sergio fahrer silêncio simetria sport susan boyle tattoo teatro mágico that's hot traços trilha (F) 9gag arte assume vivid astro focus (avaf) atuação bad banda uó banho bar.bar blogueiro boys bruno zanardo bêca bêca arruda cacete cartagena charoux chimarrão clarice clarice lispector colômbia combustíveis fósseis cores desespero e-mail economia ego emmanuel entrevista fetiche greve hot infantil ingredientes instituto C e A jum nakao linhas lucas corazza mailing mensagem mmm org organização palhaço party paulo leminski perdão primavera produção de figurino prostituição radio reclamação redes sociais satsang sk8 sri prem baba subprefeitura tiração de sarro toca raul tradição trip ASSEF ASSEF/SP SoundCloud acacio abreu de oliveira adalgisa morato advogado aganjú alan watts amir labaki andré cruz arena eugênio jusnet augusta avaf balada basta bebel gilberto bope brasill breja bullying butt cacetete caloi carlos saldanha carta da terra caveira censura charles baudelaire chá cinepro circo circo voador coisas de marcelle colombia confeitaria connected cosmópolis cowork coworking culinária curso database datarock decameron dia do rock direito doce dupla ebtg ellen lima energia escorpião estúdio bola estúdio fabricia miani fail faria fashion felipe dall'anese finanças floresta formação fox fox home entertainment brasil futon company gabriela brenman de azevedo galeria do rock geometric gráficos guto lacaz happy hour herbert viana hora ibirapuera idec jackson ricarte jardins jorge serrão joåo saraiva kangwaá lacuna filmes lançamento larmod latinha laura stankus leo cavallini levis br lila varo lions locomotiva lothar lothar charoux louise despont luciana nicolodi lunchbox magazine make mano mano chao maou maquiagem marcelona mariana cobra marione tomazoni masp medo mentira metrô militarismo mixwit mostra de arte pública mostraurbe máquina nextel nextu noite origami os mutantes oscar wilde ouvidoria paralapraca paris hilton parque paul alex thornton paul alexander thornton paulista pedro mendes pedro useche perdição piauí pinturas planetas plano de celular playmobil poem promoção psmp quixotes reajuste salarial reveillon revista rio - o filme rock sacanagem signo silicone simian mobile disco simpatia skate social media sopa squid studio sopa studio sp tarde telefone tennis thiago cagiano tom of finland trilha sonora tu universidade urbe vanessa ferras vestígios visíveis web wwf