+/- como me sinto agora...
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20090311
pmsp
(...) o problema é que eu já acordo sem vontade de sair da cama! queria poder ter algum grande motivo, mas a prefeitura só me decepciona, sabe? não tenho mais nenhum tipo de expectativa positiva aqui, é triste, porque muita gente sonha em prestar e principalmente passar em um concurso público, mas no meu caso é totalmente ilusório. aqui, nosso procedimento é igual ao dos fiscais que ganham mais de dez vezes o nosso salário! isso quando não temos que corrigir os erros dos caras com o ego que nem cabe na carteira! fora a questão toda de politicagem, 'jeitinhos brasileiros', falta de funcionários e principalmente de educação e bom senso da maioria das pessoas com quem sou obrigado a conviver! então fico nos 'cinco minutinhos' e acabo perdendo meia hora bem no começo do dia... aí nem como direito de manhã, almoço mal, chegando aqui quero voltar logo pra casa... a prefeitura está me fazendo mal!!! estou enlouquecendo!!! por isso que eu digo que vou ficar só mais um ou dois anos aqui... é o tempo que eu tenho pra continuar me envolvendo com meus freelas de desing e depois finalmente assinar meu atestado de total insanidade! (...)
inércia gay
copy paste de um post do amigo blogueiro klero:
Inércia fig. falta de reação, de iniciativa; imobilismo, estagnação (Houaiss)
O coletivo só age em contextos de crise, infelizmente, e vivemos uma época em que ser gay (no mundo ocidental) é relativamente simples, se comparado ao que já foi registrado pela história. Quem ousaria comparar agressões esporádicas ao assassinato dos “triângulos rosa” em campos de concentração nazistas? Por isso, lemos a notícia de um ataque, ficamos chocados e, assim que viramos a página, estamos de volta à sensação de segurança, sem ver motivos que justifiquem uma mobilização.
Estamos na zona de conforto, reflexo de um movimento de adaptação que nega a evolução enquanto algo não ameaçar a aparente estabilidade da situação. A maioria chegou a este ponto sem ter de fazer nada: foram outros (desconhecidos) que andaram pelas ruas em busca de igualdade, desafiaram médicos, religiosos e políticos, “bateram” de frente com o pensamento retrógrado da sociedade, arriscaram e perderam suas vidas, enfim, lutaram para que um mínimo de respeito existisse.
Porém, o mínimo ainda não foi atingido. O trabalho deles está inacabado porque nós, que viemos em seguida, não demos continuidade. Não somente estamos desrespeitando os sacrifícios feitos, estamos anulando seu efeito a cada dia. Cada garoto discriminado na escola é um passo atrás. Cada jovem obrigado a não tocar no assunto em frente à sua família é um passo atrás. Cada adulto com medo de perder o trabalho é um passo atrás. Afinal, estamos dando algum passo à frente? Algo significativo que não seja apenas termos um espaço para encontros, um restaurante para colocar a conversa em dia, um lugar de “pegação”, uma revista de conteúdo duvidoso, um site dedicado ao sexo e “jogação”? Estamos esperando a crise para agir? Seríamos mais um coletivo burro incapaz de perceber que a crise nunca acabou e vivemos numa zona de conforto inexistente?
Inércia fig. falta de reação, de iniciativa; imobilismo, estagnação (Houaiss)
O coletivo só age em contextos de crise, infelizmente, e vivemos uma época em que ser gay (no mundo ocidental) é relativamente simples, se comparado ao que já foi registrado pela história. Quem ousaria comparar agressões esporádicas ao assassinato dos “triângulos rosa” em campos de concentração nazistas? Por isso, lemos a notícia de um ataque, ficamos chocados e, assim que viramos a página, estamos de volta à sensação de segurança, sem ver motivos que justifiquem uma mobilização.
Estamos na zona de conforto, reflexo de um movimento de adaptação que nega a evolução enquanto algo não ameaçar a aparente estabilidade da situação. A maioria chegou a este ponto sem ter de fazer nada: foram outros (desconhecidos) que andaram pelas ruas em busca de igualdade, desafiaram médicos, religiosos e políticos, “bateram” de frente com o pensamento retrógrado da sociedade, arriscaram e perderam suas vidas, enfim, lutaram para que um mínimo de respeito existisse.
Porém, o mínimo ainda não foi atingido. O trabalho deles está inacabado porque nós, que viemos em seguida, não demos continuidade. Não somente estamos desrespeitando os sacrifícios feitos, estamos anulando seu efeito a cada dia. Cada garoto discriminado na escola é um passo atrás. Cada jovem obrigado a não tocar no assunto em frente à sua família é um passo atrás. Cada adulto com medo de perder o trabalho é um passo atrás. Afinal, estamos dando algum passo à frente? Algo significativo que não seja apenas termos um espaço para encontros, um restaurante para colocar a conversa em dia, um lugar de “pegação”, uma revista de conteúdo duvidoso, um site dedicado ao sexo e “jogação”? Estamos esperando a crise para agir? Seríamos mais um coletivo burro incapaz de perceber que a crise nunca acabou e vivemos numa zona de conforto inexistente?
Pois bem, aja (pela primeira vez ou mais uma vez, não importa...)
e lembre-se de que para deixar a assinatura neste site não é preciso ser gay:
basta ter consciência.
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