"Ela se pergunta quantas almas tem.
Depois de tantas mudanças, tantos momentos, tantos agoras.
Já nao sabe quem é.
Não chega a conlusao nenhuma.
Quando imagina entender-se, muda outra vez.
Sem aviso prévio.
O céu? nem muda mais de cor.
Os pássaros? já nao fogem da tempestade por vir.
Tudo segue, como se a calmaria reinasse o seu mundo.
Ela se transforma em tudo:
Em tudo que vê, que sente.
Em cada suspiro, cada aperto do coraçao, cada lágrima rolada, cada sorriso com medo, cada gargalhada de doer a barriga.
São tantas transformaçoes, que ela só se estranha.
Se desconhece.
Ela não consegue ter calma, se preocupa muito.
Tem muita alma, muitas.
Algumas puras, outras egoístas, mas todas intesas e verdadeiras.
Ela tem sede de viver o tempo todo.
E estranhamente, as vezes bebe a vida,
E num gesto seco,
Cospe na calçada."
TS