a maioria dos programas de tv atualmente estão nessa de 'prêmios por telefone', alguns foram até adaptados, como é o caso do programa charme da adriane galisteu (substituída em suas férias pela queridinha do silvio santos e gatíssima patrícia). agora eu entendo porque ela treta tanto com o sr. abravanel: o programa dela era um dos único da tv aberta que tentava se diferenciar de alguma forma, reunindo o que poderia ser chamado de fútil, mas com uma pegava mais cultural: falava de moda, teatro, atualidades, entrevistava gente interessante e tudo mais. agora perdeu total o sentido! não entendo e fico triste, na real. estava até conversando sobre isso, a questão da televisão ser um dos meios de comunicação mais acessados, poderia fazer com que o analfabetismo fosse amenizado. enquanto o povo se preocupa em gongar emparedados do bbb, não percebem que estão sendo os mesmos que colocam os próprios na reta, quando não mudam o canal. é uma pena...
sabe aquela pergunta do tipo: "o que aprenderam com a lição de hoje?". ninguém para pra pensar! o que se aprende com um bbb? no brasil, que brasileiro adora a desgraça alheia e acha sempre que o bonzinho deve ganhar! diferente dos outros paízes que torcem pro mais malvado! atitude!!! é lógico que bagacerice sempre atriu o povão, mas é tanta filhadaputagem e cara de pau explorar tudo isso! dá pra ganhar dinheiro sem ter que apelar, mesmo sabendo que a galera gosta mesmo é de bunda e de ver treta na televisão. o ratinho (carlos massa) já saiu até do ar por causa disso, não?
mesmo aquele programa hyper qi que tenta instigar o telespectador a responder um questionário por telefone, pagando uma ligação para um celular em outro estado e prometendo prêmios em barras de ouro, até seria interessante se não fosse tão desorganizado. uma das apresentadoras já chegou até a tirar o ponto eletrônico no ar (ao vivo) porque não conseguiu montar a solução da questão da vez, isso porque estava sendo ditado pela pessoa que ligou e provavelmente pelo diretor do programa!!!
falando em qi, e pra ser um pouco mais otimista, aquele programa do gilberto barros é interessante, tipo palavras cruzadas na tv: vão até uns artistas wannabe ou mesmo galera de faculdade, grupo pessoas do trampo e tal, tem como rolar uma coisa assim sem ser telecurso 2000, uma coisa 'conhecimentos gerais' sem a tosqueira que era o show do milhão. pior que isso, só o serginho malandro e o otávio mesquisa que ainda acham que vivem nos anos 80 e acreditam super no peter pan!
o problema é que isso não acontece só na televisão ou mesmo em terras tupiniquins. é mais ou menos como nos casos de administração pública, tudo muito cômodo. e falo por experiência própria. gosto de fazer esse tipo de comparação exatamente porque não é um problema específico, é uma bola de neve imensurável. um exemplo que pode ser aplicado é na prefeitura ou mesmo nosso governo. poderiam ser considerados empresas exemplares, onde as pessoas teriam orgulho de ingressar pra trampar, fazer parte, ajudar com o crescimento, reconhecimento, mas ao contrário, eu, como funcionário público, sou taxado de vagabundo, mesmo sendo uma pessoa empenhada lá! foda... trabalho na secretaria de finanças e converso com muitas pessoas todos os dias, dá pra perceber a ignorância, falta de educação e principalmente o "jeitinho brasileiro".
tudo isso parece assim tão óbvio, tão fácil... mas se teoricamente é viável, porque alguém não tenta colocar isso em prática? por mais que eu não seja assim tão simpatizante com o prefeito de são paulo, (e sou total averso a politicagem) tenho que admitir que as alterações que foram feitas radicalmente fizeram os paulistanos perceberem que sem a rigidez não há resultado. é necessário que se haja equilíbrio, logicamente concordado por todos ou pelo menos pela maioria, para que o povo não se sinta lesado e conseqüentemente coloque a culpa nos administradores. só que ninguém se mexe e reclamar uns para os outros não adianta, é se organizar, sugerir, tentar! mas aí surge aquela outra questão: quem fiscaliza a fiscalização?