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20090206
velha infância
- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele poder passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo!
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele poder passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo!
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.
FODEUS!
por: meio e mensagem
Ateus lançam campanha no Reino UnidoMais de 800 ônibus estão sendo utilizados para divulgar a frase "Provavelmente Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e desfrute de sua vida."
A entidade British Humanist Association (BHA) lançou uma campanha que atinge 200 ônibus em Londres e outros 600 no resto do Reino Unido para divulgar o ateísmo, por meio do slogan "Provavelmente Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e desfrute de sua vida". Os US$ 195 mil investidos na ação, que terá duração de quatro meses, foram arrecadados por doações. A campanha, segundo a BHA, é uma resposta a anúncios cristãos lançados no ano passado em ônibus pelo site Jesussaid.org, que mostravam citações com passagens da Bíblia. Além do slogan, as peças exibem frases famosas de ateus renomados, como Albert Einstein e Katharine Hepburn. Uma delas traz a famosa frase da poetisa norte-americana Emily Dickinson, "That it will never come again is what makes life so sweet" ("O que torna a vida tão doce é o que nunca mais volta"). A ação começou em apenas um ônibus, com anúncio que trazia o slogan e solicitava fundos para lançar algo maior e contou com apoios de gente como a escritora Arianne Sherine, que teve a idéia, e o acadêmico Richard Dawkins, que doou mais de US$ 9 mil de seus bolsos, além de aparecer na mídia defendendo a causa.
Cristãos respondem a anúncios ateus: Organizações religiosas do Reino Unido assinam anúncios em resposta à frase de grupo ateu, que dizia que "provavelmente Deus não existe"
Cristãos respondem a anúncios ateus: Organizações religiosas do Reino Unido assinam anúncios em resposta à frase de grupo ateu, que dizia que "provavelmente Deus não existe"
Os anúncios de um grupo ateu, da British Humanist Association (BHA), que foram veiculados em ônibus no Reino Unido já têm uma resposta. A organização protestante Trinitarian Bible Society investiu US$ 51 mil em peças que estarão em 50 veículos de Londres, exibindo a citação bíblica "O tolo diz em seu coração que não existe Deus". A ação irá oferecer ainda bíblias gratuitas para quem entrar em contato por e-mail. A campanha poderia ir para outras mídias e cidades, aponta a entidade. Outras organizações também emitiram respostas. A Christian Party lançou um anúncio como a expressão "Existe, definitivamente, um Deus. Venha para a Christian Party e aproveite sua vida". A Igreja Ortodoxa Russa também se envolveu, com anúncios dizendo que "Existe um Deus, ACREDITE. Não se preocupe e aproveite sua vida". A campanha dos ateus trazia a frase "Provavelmente Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e aproveite a vida", que foi veiculada em 800 ônibus. O investimento total chegou a US$ 191 mil. A entidade que regula a publicidade no Reino Unido não deu ouvidos a centenas de reclamações e permitiu a sequência da campanha.
_
[*] só uma observação minha: não entendo porque existe essa de querer converter ou convencer as pessoas sobre sua religião! particularmente não sou adepto à nenhuma e respeito quando o veêm com papo religioso! até um cara que trabalhava comigo, evangélico, foi transferido de setor justamente por pregar pros outros funcionários... eu o ouvia, dizia que não concordava com umonte de coisa e ele sempre tentando argumentar! mas não adianta! eu tenho a minha fé, acreito em mim, tudo depende de mim! apesar de também usar de algumas simbologias religiosas, de fato não creio muito, já que fui batizado, mas não tive eduação religiosa, nunca foi uma exigência da minha família e eu acho isso ótimo! a religião só justifica à morte... mas enquanto estamos vivos temos que descobrir fatos concretos e não milagres sem explicação! lembrei mais uma vez de dois posts que eu fiz sobre o zeitgeist movie... definitivo!
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