por marione tomazoni
Dizem que a vida imita a arte, e se fosse para eu escolher o que no momento melhor retrata a minha arte, opsss, a minha vida, diria que a série "Sex And The City" cairia como uma luva. Acho que 99,9% da população feminina diria a mesma coisa... Num domingo inspirador, após um sábado entre amigas, assisti a quinta e a sexta temporada da mais feminina, nova yorkina e sexual série de televisão: "Sex And The City".
No início da quinta temporada, Carrie está a procura de um novo amor depois de mais uma decepção amorosa ou seria uma decepção "homenosa"?. Quando ela menos espera, lhe aparece um incrível, sedutor, inteligente, carinhoso e bonito "Berger". O tipo Berger são aqueles homens que você encontra inesperadamente numa livraria, num evento de trabalho, numa festa que você nunca imaginaria que colocaria os pés e no meu caso num bar qualquer da Vila Madalena.
O inteligente, sensível e gentil Berger te faz rir o tempo todo e mais, trabalha na mesma ou em área de trabalho semelhante à sua; Quando vocês saem juntos, falta de assunto é algo que definitivamente nunca vai existir. No caso de Carrie, nas duas primeiras experiências de abandonar o papo e mostrar o porque do nome da série ter sexo, ela se decepciona com Berger. Mas nada que não possa ser mudado, já que na terceira tentativa tudo literalmente se encaixa e vai mais do que bem. No meu caso, posso dizer que desde o começo não tenho do que reclamar...
Carrie está apaixonada e o melhor de se estar "in love" é saber que seu companheiro sente-se do mesmo jeito, ele não só sente, como vive repetindo, com todas as palavras em letras MAIÚSCULAS! Mas quando Carrie menos espera ou não, quem volta a dar as caras? Uma única tentativa para adivinhar... Mr.Big! Isso mesmo, ele está sozinho em uma suíte de hotel e lógico lembrou-se de quem? Sua "Kid".
O tipo Mr. Big é aquele homem que parece que tem um radar e sempre que você está feliz ou numa relação um pouco mais profunda, ele aparece. Na primeira vez você cai, mas como Berger é tão perfeito, na segunda vez dá um chega para lá em Big e este é pra valer. Tudo caminha bem, até sua carreira se destacar mais que a de Berger e ele começar a sofrer da síndrome do "pp". Sente-se mal, começa a fazer cara feia quando você conta sua última conquista e finalmente, acha que tudo o que você fala é para fazê-lo se sentir mal e começa a achar problemas em todas as suas frases ou até mesmo brincadeiras. Até que o tipo Berger te deixa, sem nem uma despedida de verdade, depois de todos os momentos felizes que tiveram. No caso de Carrie, o final veio por meio de um post it, ainda bem que no meu houveram algumas palavras antes do sumiço... A solidão aparece, o desespero, e a seca... O que fazer? Burrice... E então, Carrie acaba na cama com o padrinho judeu de Charlotte, que tem o apetite de um coelho. Ainda não desespero, ufa... Nos últimos tempos, o que mais me aproximou de uma relação sexual foi um exame de rotina receitado pela minha ginecologista...
Até que finalmente ela encontra outro homem gentil e blasê, qualidade que apenas seus melhores amigos vêem e ela não. Depois do sumiço de Berger, algo que talvez ela nunca entenda, prefere deixar as coisas mais simples, ou seja, gentileza e carinho bastam.
Apresento o russo, aquele tipo que seus amigos não vão com a cara e que nem ele vai muito com a cara de seus amigos. Ele acha que apenas o trabalho dele é importante e prefere não misturar a vida profissional e a pessoal. Basta tê-la ao seu lado, isso já é o bastante, sua opinião, ou uma longa conversa no bar ficou para trás, junto com Berger. Você está perdida, mas o novo lhe surpreende, e porquê não arriscar, você não tem mais nada e nem mesmo muitas vontades. O tipo russo te oferece uma viagem para que você fique mais perto do trabalho... DELE. Faz isso para seus amigos não implicarem com a relação e a leva para uma cidade onde ele tenha controle de tudo. No começo as novas emoções são surpreendentes, tudo está maravilhosamente bem, até coisas irritantes acontecerem. Ele te abandona fisicamente e pessoalmente, tudo aquilo não foi como você imaginou. No final, depois da maior decepção de todas, já que Carrie está em terras estrangeiras e ainda abandonou a carreira que demorou anos para construir, eis quem aparece, Mr. Big.
O meu último episódio parece longe... Meio sem previsões. Mas o Mr. Big sempre dá as caras. Um telefonema numa segunda de manhã, coisa que ele nunca fez na vida, depois daquela noite inesquecível que você teve com alguém que não era ele. Ou você o encontra num lugar que imaginaria que o encontraria, mas odiaria vê-lo. Ou quando você está começando algo sério com alguém que você nem queria muito se envolver, então, basta um telefonema e tudo vai por água abaixo e seus questionamentos fazem você dar no pé deste relacionamento que nem começou...
No meu caso, teria parado no capítulo do Berger, mas como ele sumiu, não sei nem muito bem por onde procurar. O Mr. Big está por aí, já trocamos os devidos telefonemas e promessas de encontros e desencontros, mas acho que na próxima temporada quero novas emoções...