20080529

piriguete

depoimento de um homem
se bem que na real, pode bem ter sido escrito por uma mulher!
porque a pirigueti nada mais é quem já que conheceu um cara desses...

"tudo bem... nós homens queremos meninas lindas, saradas, legais, sexies, inteligentes e boazinhas... e é muito fácil falar porque quando aparece uma assim na nossa frente, a primeira coisa que pensamos é: 'opa, me dei bem!'. ficamos com ela uma vez, duas, aí já começamos a pensar que essa mulher é quem nossas mães sonham em ter como noras e se rolar um relacionamento será estável. então você vai buscá-la na faculdade, vocês vão no cinema, barzinho e vai ter sexo toda semana, vai ser ótimo! até virar uma rotina sem graça! você vai olhar os caras bem vestidos, cheios de graça, saíndo à noite pra pegar a mulherada e vai morrer de inveja! vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis pra conquistar uma gata, vai sentir falta de dar uma olhada quando uma gostosa passar e de dar aquela dançadinha provocativa na pista! então pensa: 'acho que não estou pronto pra viver o resto da vida ao lado dela nesse relacionamento' e a namorada, a boa menina, se transforma numa mala e aos poucos vai surgindo um certo nojo dela! quando você vê o nome dela no celular não sente vontade de atender, e descobre que já era! aquela promessa de que vão ficar juntos pra sempre vai por água abaixo e se ela não dá conta, você começa a ser grosso, muito grosso e a coitada da menina pensa: 'o que será que eu fiz?' e ela não fez nada, a culpa é nossa mesmo! aí a gente acaba voltando pra nossa vidinha que tanto odiava uma semana atrás e não vê a hora de sair à noite e pegar aquele mulherão que sempre sonhamos, depois disputar quem beija mais... mas na real é uma grande desilusão, porque chegando em casa depois da balada sozinho, tentando descobrir porque não está satisfeito e de repente foi porque a gostosa da night te beijou mas nem pediu seu telefone! e por mais que você não queira, pensa na sua princesa: ela podia ter seus defeitos, mas estava com você sempre... enquanto isso, a boa menina, agustiada, fica pensando o que fez pra te afastar dela e essa dúvida vira uma angústia, que se transforma em raiva, acabando em mandar tudo pra puta que te pariu e não querendo saber de nada a não ser sair e beijar outros caras e não se envolver com mais ninguém para não sair machucada! pronto, criamos um monstro... então o tempo passa e continuamos na mesma, sempre reclamando da vida e das mulheres, dizendo que elas só querem homens cachorros e que não estão nem aí para nós! mas será que não fomos nós os cachorros? elas são assim por nossa culpa, a mulher da night de hoje era a princesa de outro ontem e assim sucessivamente.... provavelmente essa nossa ex-boa menina deve estar enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí! e eu a perdi, ela virou mulher! uma enlouquecedora de homens e eu a encontrei na balada e ela nem olhou pra mim... mas estava mais linda do que nunca!

mulher sofá

depois da mulher samambaia
e depois ainda da mulher melancia...
vem aí, a mulher sofá:



20080528

playmobil | velha infância


você é assim
um sonho prá mim
e quando eu não te vejo
eu penso em você
desde o amanhecer
até quando eu me deito...

eu gosto de você
e gosto de ficar com você
meu riso é tão feliz contigo
o meu melhor amigo
é o meu amor...

e a gente canta
e a gente dança
e a gente não se cansa
de ser criança
a gente brinca
na nossa velha infância...

seus olhos meu clarão
me guiam dentro da escuridão
seus pés me abrem o caminho
eu sigo e nunca me sinto só...

você é assim
um sonho prá mim
quero te encher de beijos
eu penso em você
desde o amanhecer
até quando eu me deito...

eu gosto de você
e gosto de ficar com você
meu riso é tão feliz contigo
o meu melhor amigo
é o meu amor...

e a gente canta
e a gente dança
e a gente não se cansa
de ser criança
a gente brinca
na nossa velha infância...

seus olhos meu clarão
me guiam dentro da escuridão
seus pés me abrem o caminho
eu sigo e nunca me sinto só...

você é assim
um sonho prá mim
você é assim...
você é assim...
você é assim...

| tribalistas | 

20080515

desfecho do caso isabella

encerrado o caso que parou o brasil! finalmente foi localizado o terceiro elemento que estava presente na hora do acidente que envolveu uma pequena e doce menina de apenas cinco anos, que chocou a população brasileira e mundial. a foto do suspeito e certemanete culpado pelo terrível crime foi publicada no site inglês da bbc:


| clique para acessar! |

* dan: te dedico!
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20080507

luz


'nosso medo mais profundo
não é o de sermos inadequados.
nosso medo mais profundo
é que somos poderosos além de qualquer medida.
é a nossa luz, não as nossas trevas,
o que mais nos apavora.
nós nos perguntamos:
quem sou eu para ser brilhante,
maravilhoso, talentoso e fabuloso?
na realidade, quem é você para não ser?
você é filho do universo.
se fizer pequeno não ajuda o mundo.
não há iluminação em se encolher,
para que os outros não se sintam inseguros
quando estão perto de você.
nascemos para manifestar
a glória do universo que está dentro de nós.
não está apenas em um de nós: está em todos nós.
e conforme deixamos nossa própria luz brilhar,
inconscientemente damos às outras pessoas
permissão para fazer o mesmo.
e conforme nos libertamos do nosso medo,
nossa presença, automaticamente, libera os outros.'

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20080504

ego

por: grupo sintonia saint germain | ego - osho | paulo norbin


ego, o falso centro

o primeiro ponto a ser compreendido é o ego. uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. e quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. todos esses sentidos abrem-se para fora. o nascimento é isso. nascimento significa vir a este mundo, o mundo exterior. assim, quando uma criança nasce, ela nasce neste mundo. ela abre seus olhos, vê aos outros. o 'outro' significa o tu. ela primeiro se torna consciente da mãe. então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. este também é o outro, também pertence ao mundo. ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo. é desta maneira que a criança cresce.

primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, tu, ela se torna consciente de si mesma. essa consciência é uma consciência refletida. ela não está consciente de quem ela é. ela está simplesmente consciente da mãe e do que esta pensa a seu respeito. se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se diz: 'você é bonita', se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. agora um ego está nascendo. através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. um centro está nascendo. mas esse centro é um centro refletido. ela não é o ser verdadeiro. a criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.

e esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo.

primeiro a mãe - e mãe, no início, significa o mundo. depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. e quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas. o ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do viver com os outros. se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. mas isso não vai ajudar. ela permanecerá como um animal. isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não. o verdadeiro pode ser conhecido somente através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. temos que passar por ele. ela é uma disciplina. o verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. você não pode conhecer a verdade diretamente. primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. primeiro você tem que encontrar o falso. através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.

o ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. a sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. tudo, menos você, é a sociedade. e todos refletem. você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.

eles não estão interessados em você. eles estão interessados na sociedade.

a sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. ela não está interessada no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. interessa-lhe que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. você deveria ajustar-se ao padrão. assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. ensinam-lhe a moralidade. moralidade significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.

é por isso que colocamos os criminosos nas prisões - não que eles tenham feito alguma coisa errada, não que ao colocá-los nas prisões iremos melhorá-los, não. eles simplesmente não se ajustam. eles criam problemas. eles têm certos tipos de egos que a sociedade não aprova. se a sociedade aprova, tudo está bem.

um homem mata alguém - ele é um assassino. e o mesmo homem, durante a guerra, mata milhares - e torna-se um grande herói. a sociedade não está preocupada com o homicídio, mas o homicídio deveria ser praticado para a sociedade - então tudo está bem. a sociedade não se preocupa com moralidade.

moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade.

se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. a moralidade é uma política social. é diplomacia. e toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. a sociedade não está

interessada no fato de que você deveria chegar ao autoconhecimento. a sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. o eu nunca pode ser controlado e manipulado. nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o eu - não é possível. e a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. a sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade.

uma criança volta para casa - se ela foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. você a abraça e a beija, e você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: 'que linda criança! você é um motivo de orgulho para nós.' Você está dando um ego a ela. um ego sutil. e se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco - ela não pode passar, ou ela tirou o último lugar - então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada. ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado. o ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. é por isso que você está continuamente pedindo atenção.

ouvi contar:
mulla nasrudin e sua esposa estavam saindo de uma festa, e mulla disse:
'querida, alguma vez alguém já lhe disse que você é fascinante, linda, maravilhosa?'

sua esposa sentiu-se muito, muito bem, ficou muito feliz. ela disse: 'eu me pergunto por que ninguém jamais me disse isso.'
nasrudin disse: 'mas então de onde você tirou essa idéia?'

você obtém dos outros a idéia de quem você é. não é uma experiência direta. é dos outros que você obtém a idéia de quem você é. eles modelam o seu centro.

esse centro é falso, porque você contém o seu centro verdadeiro. este não é da conta de ninguém. ninguém o modela, você vem com ele. você nasce com ele. assim, você tem dois centros. um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. este é o eu. e o outro centro, que lhe é dado pela sociedade - o ego. ele é algo falso - e é um grande truque. através do ego a sociedade está controlando você. você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia. você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. e quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é. os outros lhe deram a idéia.

essa idéia é o ego.

tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. e a menos que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. por estar viciado no centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu. e lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo, quando todos os limites se dissolverão. você estará simplesmente confuso, um caos.

devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. mas tem que ser assim. temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. e se você for ousado, o período será curto. se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.

ouvi dizer:
uma criancinha estava visitando seus avós. ela tinha apenas quatro anos de idade. de noite, quando a avó a estava fazendo dormir, ela de repente começou a chorar e a gritar:
'eu quero ir para casa. estou com medo do escuro.'
mas a avó disse:
'eu sei muito bem que em sua casa você também dorme no escuro; eu nunca vi a luz acesa: então por que você está com medo aqui?'
o menino disse:
'sim, é verdade - mas aquela é a minha escuridão. esta escuridão é completamente desconhecida.'

até mesmo com a escuridão você sente: 'esta é minha.'

do lado de fora - uma escuridão desconhecida. com o ego você sente: 'esta é a minha escuridão.' pode ser problemática, pode criar muitos tormentos, mas ainda assim, é minha. alguma coisa em que se segurar, alguma coisa em que se agarrar, alguma coisa sob os pés; você não está em um vácuo, não está em um vazio. você pode ser infeliz, mas pelo menos você é.

até mesmo o ser infeliz lhe dá uma sensação de 'eu sou'. afastando-se disso, o medo toma conta; você começa a sentir medo da escuridão desconhecida e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte do seu ser... é o mesmo que penetrar em uma floresta. você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. além de sua cerca - a floresta, a selva. aqui tudo está bem; você planejou tudo. foi assim que aconteceu. a sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. ela limpou apenas uma pequena parte completamente e cercou-a. tudo está bem ali. todas as suas universidades estão fazendo isso. toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que você possa se sentir em casa ali.

e então você passa a sentir medo. além da cerca existe perigo. além da cerca você é, tal como dentro da cerca você é - e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. nove décimos estão aguardando no escuro. e dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto. precisamos ser ousados, corajosos. precisamos dar um passo para o desconhecido. por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos. por um certo tempo, você vai sentir-se atordoado. por um certo tempo, você vai sentir-se muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto. mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas.

esta é a sua alma, o eu.

uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem. mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência. é o que buda chama de dharma, lao tsé chama de tao, heráclito chama de logos. não é feita pelo homem. é a própria ordem da existência.

então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. no máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas. a diferença é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. o ego é uma flor de plástico, morta. não é uma flor, apenas parece com uma flor. até mesmo lingüisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. e essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. ela está morta. não há vida nela. você tem um centro que floresce dentro de você. por isso os hindus o chamam de lótus - é um florescer. chamam-no de o lótus das mil pétalas. mil significa infinitas pétalas. o centro floresce continuamente, nunca para, nunca morre. mas você está satisfeito com um ego de plástico. existem algumas razões para que você esteja satisfeito. com uma coisa morta, existem muitas vantagens. uma é que a coisa morta nunca morre. não pode - nunca esteve viva. assim você pode ter flores de plástico, e de certa forma elas são boas. elas são permanentes; não são eternas, mas são permanentes. a flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. e o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. a maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes... e morrer. através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce.

para nós, parece que a flor morreu - ela nunca morre. ela simplesmente troca de corpo, assim está sempre fresca. ela deixa o velho corpo e entra em um novo corpo. ela floresce em algum outro lugar, nunca deixa de estar florescendo.

mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. vemos somente uma flor, outra flor; nunca vemos a continuidade. trata-se da mesma flor que floresceu ontem. trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.

o ego tem uma certa qualidade - ele está morto. é de plástico. e é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. você é simplesmente uma parte da multidão. você é apenas uma turba. quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo? o ego não é individual. o ego é um fenômeno social - ele é a sociedade, não é você. mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. e se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu.

e por isso você é tão infeliz.

com uma vida de plástico, como você pode ser feliz? com uma vida falsa, como você pode ser extático e bem-aventurado? e esse ego cria muitos tormentos, milhões deles. você não pode ver, porque se trata da sua escuridão. você está em harmonia com ela. você nunca reparou que todos os tipos de tormentos acontecem através do ego? ele não o pode tornar abençoado; ele pode somente torná-lo infeliz.

o ego é o inferno.

sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego continua encontrando motivos para sofrer.

uma vez eu estava hospedado na casa de mulla nasrudin. a esposa estava dizendo coisas muito desagradáveis a respeito de mulla jasrudin, com muita raiva, aspereza, agressividade, muito violenta, a ponto de explodir. e mulla nasrudin estava apenas sentado em silêncio, ouvindo. então, de repente, ela se voltou para ele e disse: 'então, mais uma vez você está discutindo comigo!' mulla disse: 'mas eu não disse uma única palavra!'

a esposa replicou: 'sei disso - mas você está ouvindo muito agressivamente.' você é um egoísta, como todos são. alguns são muito grosseiros, evidentes, e estes não são tão difíceis. outros são muito sutis, profundos, e estes são os verdadeiros problemas.

o ego entra em conflito com outros continuamente porque cada ego está extremamente inseguro de si mesmo. tem que estar - ele é uma coisa falsa. quando você nada tem nas mãos, mas acredita ter algo, então haverá um problema. se alguém disser: 'não há nada', imediatamente começa a briga porque você também sente que não há nada. o outro

o torna consciente desse fato. o ego é falso, ele não é nada.

e você também sabe isso.

como você pode deixar de saber isso? é impossível! um ser consciente - como pode ele deixar de saber que o ego é simplesmente falso? e então os outros dizem que não existe nada - e sempre que os outros dizem que não existe nada, eles batem numa ferida, eles dizem uma verdade - e nada fere tanto quanto a verdade. você tem que se defender, porque se você não se defende, se não se torna defensivo, onde estará você?

você estará perdido. a identidade estará rompida.

assim, você tem que se defender e lutar - este é o conflito. um homem que alcança o eu nunca se encontra em conflito algum. outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.

aconteceu de um mestre zen estar passando por uma rua. um homem veio correndo e o golpeou duramente. o mestre caiu. logo se levantou e voltou a caminhar na mesma direção na qual estava indo antes, sem nem ao menos olhar para trás. um discípulo estava com o mestre. ele ficou simplesmente chocado. ele disse:
'quem é esse homem? o que significa isso? se a gente vive desta maneira, qualquer um pode vir e nos matar. e você nem ao menos olhou para aquela pessoa, quem é ela, e por que ela fez isso?'

o mestre disse: 'isso é problema dela, não meu.'

você pode entrar em choque com um iluminado, mas esse é seu problema, não dele. e se você fica ferido nesse choque, isso também é problema seu. ele não o pode ferir. é como bater contra uma parede - você ficará machucado, mas a parede não o machucou.

o ego sempre está procurando por algum problema. por quê?

porque se ninguém lhe dá atenção o ego sente fome. ele vive de atenção.

assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, mesmo isso é bom, pois pelo menos você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem. Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?
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normose

por: martha medeiros em 05 de agosto de 2007 | jornal zero hora | porto alegre - rs 

"lendo uma entrevista do professor hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. todo mundo quer se encaixar num padrão. só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. o sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. quem não se 'normaliza' acaba adoecendo. a angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. a pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? eles não existem. nenhum joão, zé ou ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. melhor se preocupar em ser você mesmo. a normose não é brincadeira. ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. você precisa de quantos pares de sapato? comparecer em quantas festas por mês? pesar quantos quilos até o verão chegar? não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. um pouco de auto-estima basta. pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. o normal de cada um tem que ser original. (haja singularidade!) não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. é fraude. e uma vida fraudulenta faz sofrer demais. eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes!

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food court musical

from improveverywhere, 16 agents create a spontaneous musical in a food court in a Los Angeles mall. Using wireless microphones and the mall's PA system, both their voices and the music was amplified throughout the food court. All cameras were hidden behind two-way mirrors and other concealed structures. This is one of over 70 different missions Improv Everywhere has executed over the past six years in New York City. Others include Frozen Grand Central, the Best Buy uniform prank, and the famous U2 Rooftop Hoax, to name a few. Visit the website to see tons of photos and video of all of our work, including behind the scenes information on how this video was made. Song by Scott Brown and Anthony King.



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