Ao nos depararmos com a precisão dos desenhos, pinturas e objetos criados por lothar charoux, o que nos chama atenção é a qualidade do traço feito a mão, os efeitos óticos alcançados de maneira artesanal. Com o papel sobre a prancheta, ele desenhava com tira-linha, e extrema disciplina, em busca a exatidão.
Desde que aderiu ao concretismo, nos idos de 1952, ele concentrou seu interesse na linha entendida como ponto que se desloca no espaço, como define a geometria. Pensou grande, apesar das modestas dimensões de seus trabalhos. Na intimidade do seu ateliê criou uma obra gráfica singular.
Inicialmente, desenhou estruturas geométricas que se desdobram em progressões espaciais; depois passou a trabalhar as linhas como feixes de luz que ora cruzam o espaço sem interrupções, ora sofrem inflexões ao atravessar prismas. Nessa fase, que se estende dos anos de 1960 em diante, dedicou-se ao cinetismo virtual, modalidade que atraiu toda uma geração de artistas latino-americanos.
Como aconteceu aos demais concretistas, sua obra permaneceu primeiramente e em grande parte com familiares e amigos. Progressivamente seu trabalho passou a integrar prestigiosas coleções particulares e o acervo de renomadas instituições nacionais e internacionais, tais como: MAM SP, RJ e BA; Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAC – Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Fundação Nemrovsky, Museu de Arte da Pampulha (BH), Museu de Arte Fundação Regional do Nordeste, Campina Grande (PB), MFAH- Museum of Fine Arts Houston, Texas (EUA), Museu Charoux, Viena (Áustria),Coleção Cisneros, (Vezenuela) e Museu de Arte Contemporânea de Skopje (Macedônia).
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