(maio 6, 2008)
a farfalha do meu desespero
teria que reconhecer que é nova
a voz que envelheceu
cantando a mesma ladainha
dos meus exorcismos.
Mas é a mesma voz
e já não se importa
com o ridículo que cambaleia
o corpo que ela faz som.
À essa altura
as tuas rejeições, meu filho,
são os adereços mais vagabundos
de uma piada que só você não ri.
Ou você aprende o cinismo
ou bota esse mau hálito em outra direção.
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