Nós
os que vivem de poesia
somos os que lavam
talheres e pratos
do banquete
das Erínias
Nosso tempo
— piercing nas amígdalas —
guarda crematórios em urnas
e escrevemos apenas
acredite
o que não pôde ser calado
A tua leitura
não duvide
será sempre um ânimo
assoprado
sobre o nosso cadáver
Saudemos
nossa voz nos teus olhos
sinestesia tilintante
que late
Amém
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extenda-se!