Todos os estados enfermiços da alma se assemelham, no fundo, aos estados enfermiços do corpo. Solicitando remédio adequado que lhes patrocine a cura.
E a impaciência que tantas vezes gera rixas inúteis é um deles, pedindo o específico da calma que a desterre do mundo íntimo. Como, porém, obter a serenidade, quando somos impulsivos por vocação ou por hábito? Justo lembrar que assim como nos acomodamos, obedientes, para ouvir o professor trazido a ensinar-nos, é forçoso igualmente assentar a emotividade, na carteira do raciocínio, a fim de educá-la, educando-nos; e, aplicando os princípios de fraternidade e de amor que abraçamos, convidaremos os nossos próprios sentidos à necessária renovação.
Feito isso, perceberemos que todo instante de turvação ou desequilíbrio é instrumento de teste para avaliação de nosso próprio aproveitamento.
Aprenderemos, por fim, que diante da crítica estamos convocados à demonstração de benevolência; diante da censura, é preciso exercer a bondade; à frente do pessimismo, somos induzidos a cultivar a esperança; ante a condenação, somos indicados à benção; e que, renteando com quaisquer aparências do mal, é imperioso pensar no bem, dispondo-nos a servi-lo. Entregando-nos com sinceridade a semelhantes exercícios de compreensão de valores eternos no terreno do espírito.
É assim que, em matéria de paciência, se a paciência, nos foge, urge reconhecer que, perante as circunstancias mais constrangedoras da vida, estamos, todos nós, no momento justo de conquistá-la.
Mensagem do livro "Rumo certo" (Autor Desconhecido)
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extenda-se!