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MEDO

O medo funciona como o freio e como alarme do nosso sistema mental, com o fim de nos proteger dos perigos, identificar problemas e nos precaver de riscos. O medo opera de modo praticamente automático e influencia muito a maneira como percebemos e pensamos o mundo ao nosso redor a toda hora. Por isso, tem grande influência na tomada de decisões e no modo como as pessoas nos vêem. O medo tem um forte componente inato, mas também as experiências negativas, particularmente se forem freqüentes e/ou fortes e nos primeiros anos de vida, tendem a ser incorporadas no jeito de ser. Algumas pessoas têm baixo medo inato, mas o ambiente hostil ou a exposição aos perigos faz com que desenvolvam um grande medo aprendido. Nessas situações, pode haver uma grande ambivalência ou imprevisibilidade em como o medo é vivenciado. O medo relacionado a pessoas (timidez x extroversão) é um pouco diferente do medo geral, mas costumam ter níveis semelhantes, ou pelo menos, não muito distantes. O medo pode ser baixo, médio ou alto. Cada grau tem vantagens e desvantagens, mas as pessoas com o temperamento mais equilibrado e menos sujeito a ter problemas e transtornos mentais têm o medo médio.

Medo médio
A avaliação apontou que o seu nível de medo é médio.
Esse perfil traz como características certo grau de precaução, cautela, prudência, preocupação e ponderação antes de tomar decisões. Em situações de perigo, pode paralisar por alguns momentos, mas depois tende a agir. Em geral, esse grau de medo é o mais equilibrado, porque protege quando tem que proteger, mas não impede a pessoa de aproveitar boas oportunidades. Do ponto de vista social, se o medo também for médio, há uma tendência para inibição inicial, que logo se desfaz, sem atrapalhar a formação de novos vínculos. Apesar de haver alguma preocupação com o que os outros estão pensando a seu respeito, essa preocupação favorece a adequação social. A vantagem do perfil de médio medo é a proteção contra os riscos reais que a vida oferece, sem deixar de identificar as situações que de fato oferecem perigo ou sofrimento potencial. Esse perfil moderadamente conservador e prudente se dá melhor quando o ambiente se apresenta com alguns perigos reais, mas também situações que podem ser aproveitadas. As precauções tomadas protegem das ameaças quando elas ocorrem, mas parte da energia também está disponível para ser investida no sentido da conquista de objetivos. A desvantagem do medo médio ocorre quando o meio está excessivamente perigoso e arriscado ou extremamente seguro. Nas circunstâncias de fato perigosas, talvez o medo médio não seja capaz de identificar a real dimensão dos riscos, favorecendo aqueles que têm medo alto. Por outro lado, nas situações particularmente seguras, parte da energia que poderia ter sido gasta em investimento e conquista é usada em precauções que se revelam pouco úteis. Assim, quem tem medo baixo tende a sair na frente. Do ponto de vista de transtornos psiquiátricos, o medo médio confere proteção para o desenvolvimento tanto de transtornos de ansiedade (ansiedade generalizada, TOC, fobias, fobia social, personalidade dependente e evitativa), como de transtornos de impulsividade (transtorno de explosividade intermitente, transtorno de oposição desafiante) e do uso de drogas de abuso, mas esses transtornos podem ocorrer em função das outras emoções básicas. Como o medo médio é o mais comum em pessoas estáveis, não há muito a ser modificado. Talvez o único trabalho de aperfeiçoamento do temperamento seja aprimorar a capacidade de identificação das situações oportunas que de fato oferecem baixo risco, e soltar mais o pé do freio nessas circunstâncias. Por outro lado, também seria bom poder identificar as situações de alto risco real e significativo para tomar mais precauções ainda. Em outras palavras, o ideal seria tentar adequar a dose certa de medo para cada situação, de modo a torná-lo mais maleável e adaptado. Se as experiências nas situações de vida forem favoráveis, o medo tende a diminuir um pouco, mas, se forem negativas, o medo é reforçado.

VONTADE

Assim como o medo é o freio, a vontade é o acelerador. A vontade nos move para fazer o que tem algum significado afetivo para nós. Quando a vontade é muita, podemos chamá-la de desejo. Não podemos fazer tudo que queremos e, por isso, os desejos têm que ser controlados. Quando os desejos não são realizados, ou acontece algo que não queremos, ficamos frustrados e tristes (queda da vontade), ou com raiva (transformação da vontade), ou tudo isso junto (o controle e a raiva serão avaliados a seguir). É importante entender que a vontade e a raiva são essencialmente a mesma energia de ativação do sistema mental, mas em vibrações diferentes. A vontade é a ativação canalizada e livre para agir, enquanto a raiva é mais caótica e enfrenta algum bloqueio ou barreira. A vontade também pode ser dividida em baixa, média e alta. A vontade está relacionada principalmente com as vantagens, qualidades e benefícios e relativamente pouco associada ao nível de problemas que a pessoa tem com o seu jeito de ser. As pessoas que se percebem com mais benefícios com seu jeito de ser tendem a ter a vontade alta, mas como para as outras emoções, não há perfil que só tenha vantagens e não tenha problemas.

Vontade média
A avaliação apontou que o seu nível de vontade é médio.

Esse perfil traz as características moderadas de otimismo, entusiasmo e prazer nas atividades, interesse por novidades, tendência a desanimar e a desistir frente a objetivos mais difíceis, e algum grau de insegurança e indecisão dependendo das circunstâncias. A vantagem da vontade média é a tendência a não se envolver nos problemas que o desejo tende a gerar para ser saciado, e ao mesmo tempo, não sofrer prejuízos maiores por falta de vontade. A vontade média conta com esperança e otimismo nas situações que se apresentam favoráveis, mas não insiste demasiadamente em situações que de fato são sem saída ou muito difíceis. Desistir de algo que não tem como dá certo ou nem investir em algo que vai fracassar é bom, mas em geral não há como saber isso de antemão. Outro aspecto favorável da vontade média é que esse perfil não costuma inspirar forte competitividade nos outros. Pelo contrário, esse perfil protege da ambição demasiada e arrogância (se a raiva não for alta), ao mesmo tempo em que conta com energia suficiente para não ter que ser ajudado e estimulado constantemente pelos outros. De modo geral, a vontade média não gera atrito quando se está em grupo, mas as relações sociais também dependem muito de outros fatores. Esse grau de vontade favorece conquistas moderadas e em situações com poucos obstáculos. Por outro lado, tem menos chance de sucumbir à ganância, que é um “efeito colateral” do excesso de desejo e vontade, ao mesmo tempo em que consegue aproveitar e se contentar com o que tem. Apesar da vontade média pode proteger de algumas situações problemáticas, pode haver algum impacto negativo por falta de motivação, proatividade, competitividade e auto-estima tão valorizadas na sociedade atual. Assim a vontade média permite investir em algumas novas situações, buscar ativamente oportunidades e aproveitar o que tem, mas pode sucumbir em ambientes de grande competitividade e grandes obstáculos. Nessas situações, alguma insegurança e indecisão podem fazer com que se deixe de aproveitar boas oportunidades. Esse perfil se adapta bem situações com alguma competitividade, mas com desafios moderados e necessidade de se adequar a rotinas (se o controle for alto, principalmente). Do ponto de vista de transtornos psiquiátricos, a vontade média traz um pouco de risco de se desenvolver sintomas depressivos, principalmente quando o ambiente é hostil ou cronicamente estressante. Para muitas pessoas a vontade é média, mas instável (geralmente nesses casos a raiva é média ou alta e/ou o controle é baixo). Isso gera instabilidade de humor, já que a vontade é o alicerce do humor, e essa oscilação afeta a auto-estima, a confiança e o crédito pessoal. A vontade média pode proteger do desenvolvimento de transtornos relacionados a excessos comportamentais em compras, jogo e drogas de abuso, mas principalmente se a raiva for baixa e o controle for alto (ver a seguir). Alguns podem usar drogas buscando o aumento de estímulos para suprir alguma deficiência de vontade. A lapidação desse temperamento exige vencer resistências iniciais e remar contra a maré em situações mais desafiadoras. À medida que algumas conquistas são atingidas, pode se criar um círculo virtuoso que gera mais vontade e iniciativa. Talvez seja proveitoso buscar pontos de apoio que ajudem a não desistir frente aos obstáculos maiores. Pode ser uma boa estratégia tentar fazer parte de um grupo que opere coordenadamente e que sirva como estímulo para manter a atividade em um nível mais alto. Para algumas pessoas, passar a fazer atividades mais competitivas ou agressivas (por exemplo, um tipo de luta), pode aumentar a vontade.
CONTROLE

O controle é a capacidade de realizar as tarefas relacionadas ao dever. O controle entra em ação para agirmos quando não temos vontade e para limitar as ações impulsionadas pelo desejo. A capacidade de controlar a ativação mental faz com que ela seja expressa mais na forma de vontade do que de raiva, e ajuda a tolerar as frustrações. Dessa forma, o controle exerce uma grande função de regulação emocional. O controle confere a capacidade de se organizar e se concentrar nas tarefas, mesmo nas situações mais tediosas. O controle também está associado à harmonia social e a cooperatividade, que requerem funções mentais elevadas, como perceber o que é melhor para o grupo e como os outros estão se sentindo nas diversas situações. O senso de dever tende a favorecer o outro ou o grupo em detrimento de si, e assim aumenta a cooperatividade entre os indivíduos. Por essas razões, em geral o controle está associado a vantagens e a falta de controle tende a gerar problemas.

Controle médio
A avaliação apontou que o seu nível de controle é médio.

Esse perfil conta com uma dose moderada de concentração, foco, atenção, disciplina, organização, responsabilidade e conclusão de tarefas. No entanto, não costuma dar conta de tarefas mais longas e entediantes, a não ser com grande esforço ou com ajuda. O controle médio é relativamente neutro quanto a vantagens e problemas. Por não ser alto, pode haver alguma vantagem em agir de modo menos padronizado ou “certinho”, com certo desprendimento e independência de algumas regras sociais, mas isso também depende das outras emoções. Quando as tarefas relacionadas ao dever, como prazos e horários, são necessárias ou valorizadas no contexto, o controle médio costuma dar conta do recado. Em algumas situações, o controle médio pode favorecer um tipo de pensamento mais original ou inusitado, que pode ser desenvolvido e colocado em prática particularmente se for em uma área que em se gosta de atuar ou se tiver um nível de vontade alto. O controle médio pode gerar desvantagens e problemas se houver muitos deveres a serem cumpridos ou tarefas mais desgastantes. Isso pode se manifestar de modo leve já nos primeiros anos de escola, e apesar de haver uma melhora no começo da idade adulta, ainda pode atrapalhar o crescimento pessoal e profissional em ambientes mais rígidos e exigentes. O controle médio pode não ser suficiente para controlar a instabilidade daqueles que tiverem mais raiva. Pode fazer falta também no direcionamento sobre o que deve ser feito, como e quando. Algumas tarefas podem ser deixadas para a última hora, e algumas vezes o tempo que resta não é suficiente para fazer a tarefa bem feita. Em situações sociais mais complexas ou em situações pontuais, a não percepção de sutilezas dos outros faz com que alguns atos sejam considerados “sem noção”. Pelo menos esse tipo de erro de não se dar conta do que fez ou do que deveria ter feito são mais facilmente perdoados, a não ser que se repitam, provocando perdas no crédito pessoal perante os outros. Do ponto de vista de transtornos psiquiátricos, o controle médio pode gerar alguns sintomas de déficit de atenção e hiperatividade, particularmente se associado com baixo medo e baixa vontade. Pode também ocorrer em quadros de instabilidade de humor (bipolaridade) e pode não dar conta de segurar emoções mais intensas relacionadas ao desejo e à raiva. A adaptação ao controle médio muitas vezes passa por usar estratégias que compensem a falta de controle natural. Uma das saídas é buscar fazer o que gosta, ou seja, não ter que depender tanto do senso de dever para produzir. Atividades mais dinâmicas, que estimulem mais a vontade, podem atrair mais a atenção e o cumprimento de tarefas e objetivos. Quanto à organização, uma boa estratégia é poder se associar com alguém que naturalmente seja mais disciplinado e ajude a monitorar o que tem que ser feito. Outra possibilidade é fazer um esforço para criar o hábito de usar agendas e lembretes que ajudem a cumprir os compromissos. De modo geral, é melhor buscar atividades com alguma flexibilidade em relação a regras, horários e prazos.
RAIVA
A raiva é o produto dos desejos e vontades não realizados. A vontade (ou desejo) e a raiva são expressões diferentes da uma mesma força de ativação mental. A raiva surge quando algo acontece contra a nossa vontade. Algumas vezes ela emerge em função de algo que não queríamos que acontecesse, como por exemplo, quando nos roubam ou furam a fila na nossa frente. Outras vezes, é quando queremos muito que algo aconteça e há um bloqueio, como quando o nosso time erra um pênalti ou quando queremos chegar a algum lugar e o trânsito nos impede. A ativação mental, quando se manifesta sem bloqueios e é canalizada a um objetivo, é a própria vontade. Quando é barrada ou está caótica, é raiva. A raiva também pode ser canalizada exatamente contra a barreira que se opõem à vontade com o objetivo de destruí-la ou dominá-la. Mas nem sempre isso pode ser feito. A raiva é, entre as emoções básicas, a maior geradora de problemas. Ela corrói por dentro e por fora. No longo prazo, faz o raivoso desgastar seus pontos de apoio e seus vínculos, deixando-o só e sem suporte. E como a arrogância e desconfiança fazem parte da raiva, a culpa costuma ser dos outros. O lado bom da raiva é a força para conquistar posições mais altas hierarquicamente e para se defender de agressores. Uma das principais funções da raiva é justamente tentar remover o que bloqueia a realização da vontade e dos objetivos. Infelizmente, muitas vezes a raiva gera outra reação oposta também forte, já que ninguém gosta de lidar com a raiva alheia. Como é uma emoção quente e desmedida, facilmente sai do controle e pode atingir níveis muito perigosos, principalmente com medo e controle baixos. Assim como para as outras emoções básicas, algumas pessoas têm uma tendência maior a sentir raiva, ou seja, ela determina características do temperamento. As pessoas mais equilibradas e estáveis têm como marca a baixa raiva. A arte em relação à raiva está em expressá-la nos contextos adequados, com intensidade proporcional ao fato e de modo que facilite a busca de soluções dos embates.

Raiva Baixa
A avaliação apontou que o seu nível de raiva é baixo.

Esse perfil traz as características de calma, paciência, ponderação, atitudes comedidas, compreensão, confiança nos outros e boa capacidade de perdoar e deixar para trás fatos negativos. Do ponto de vista social, a pessoa com baixa raiva é percebida como tolerante e pacífica. A vantagem do perfil de baixa raiva é a preservação das relações afetivas e sociais, se não houver outras emoções muito desreguladas (como medo muito alto ou vontade muito baixa, por exemplo). Essa estabilidade das relações se dá pela baixa freqüência e intensidade de discussões e brigas. Mesmo que aconteçam, a tendência é buscar a conciliação e o entendimento. Como a raiva é a emoção mais ligada à instabilidade de humor, as pessoas de raiva baixa tendem a ser mais estáveis e previsíveis emocionalmente, além de mais cooperativas. Outra vantagem vem da baixa influência da raiva distorcendo o pensamento para um padrão tudo-ou-nada ou 8 ou 80. Assim, quem tem baixa raiva costuma perceber os graus e nuances dos acontecimentos corretamente, além de não rotulá-los de modo instantâneo e dramático. A desvantagem de ter a raiva baixa ocorre em situações em que se é desafiado ou agredido, o que pode deixar desprotegido o território ou a própria pessoa. Com vontade e/ou controle altos, no entanto, essas situações são em geral contornadas, resolvidas ou prevenidas. Em associação com vontade média ou baixa, a pouca raiva prejudica a conquista de novos territórios. Por favorecer a cooperatividade e a confiança nos outros, as pessoas com raiva baixa podem ter dificuldade de identificar precocemente quem pode lhe prejudicar, particularmente se associado ao baixo medo. Esse perfil aumenta o risco da pessoa ser usada ou parasitada, muitas vezes sem perceber. Por outro lado, a falta de desconfiança faz com que as pessoas de má índole não sejam excluídas. Em outras palavras, confiança nos outros pode deixar um pouco desprotegido, mas previne o isolamento do indivíduo. Do ponto de vista de transtornos psiquiátricos, a raiva baixa é um fator de proteção para muitos transtornos psiquiátricos, em especial o transtorno de explosividade intermitente, bulimia, transtorno de personalidade borderline, narcisista, histriônico, antisocial e paranóide, os excessos comportamentais (compras, jogo, direção agressiva) e abuso de drogas. Além disso, a raiva baixa tende a proteger dos sentimentos de ciúme e inveja, particularmente se associados a medo baixo e vontade e controle altos. A lapidação da raiva baixa não envolve mexer na própria raiva, mas investir na vontade como força de ativação mental. Isso faz com que a pessoa possa conquistar seus objetivos de maneira pacífica e correta, ao mesmo tempo em que não se prejudica com os efeitos corrosivos da raiva. O caminho para se conseguir isso é canalizar a energia a um objetivo produtivo e tentar desenvolver a capacidade de controle. Algumas pessoas se consideram com raiva baixa, mas na verdade expressam raiva de modo passivo ou indireto, ou seja, deixam de fazer coisas boas para quem lhe magoou ou lhe prejudicam sem que percebam. Esses são comportamentos de quem tem dificuldade de expressar a raiva quando ela é procedente.
SENSIBILIDADE
A sensibilidade se refere a quanto alguém se abala frente a situações difíceis da vida, ou seja, o impacto que as adversidades causam na pessoa. Os fatores que levam a esse desgaste podem ser de várias naturezas, como estresse no trabalho, situações de pressão, frustrações, eventos traumáticos, mas também incluem as relações pessoais, como críticas e rejeição por partes de outros. A tendência a se culpar e a dependência de aprovação dos outros também são manifestações de sensibilidade alta. No contexto usado aqui, a sensibilidade está relacionada à vulnerabilidade, e não no sentido de ter uma percepção aguçada, ou uma sensibilidade artística. Portanto, a sensibilidade alta nesse teste indica dificuldades e problemas em lidar com eventos desagradáveis e adversos.

Uma vez abalado por algum estressor, a capacidade de recuperação tem a ver com outras dimensões emocionais, principalmente com a vontade alta, mas o medo baixo, a raiva baixa e o controle alto também favorecem a recuperação.

Sensibilidade alta
As pessoas com sensibilidade alta são um tanto vulneráveis às “pancadas” da vida e se abalam bastante quando há algum atrito pessoal mais relevante. O limite pessoal de suportar tensões interpessoais e situações difíceis é frequentemente ultrapassado, gerando danos e sofrimento. Mesmo eventos cotidianos ou de ordem menor costumam afetar e, se forem continuados, provocam uma baixa na resistência.

Há uma clara dificuldade em se lidar com estressores fortes e situações de pressão mais alta. Para tolerar esses momentos é necessário apoio externo e pausas para recuperação. Portanto, há um preço alto a pagar quando ficam sujeitos ou se colocam em situações complexas, difíceis e imprevisíveis. Além do desgaste e os prejuízos pessoais subjetivos, o rendimento e o resultado final podem deixar a desejar nessas situações adversas.

A sensibilidade alta gera inteferência nas relações pessoais, tanto próximas (família, amigos) como mais distantes (colegas), por se sentir afetado ou magoado mesmo com pequenos atritos ou tensões. Em outras palavras, a mágoa acumula e se mistura com os outros sentimentos pelas pessoas. Quando combinada com raiva média ou alta, os problemas tendem a ser maiores por haver uma alta reatividade emocional e dramática, com reclamações e cobranças em excesso.

Uma das maneiras de lidar com a sensibilidade em excesso é esperar menos dos outros e dos resultados. A expectativa alta é o território fértil para a frustração e a decepção. A sensibilidade também está ligada a precisar de aprovação dos outros para se sentir bem. Dessa maneira, a pessoa fica mais vulnerável e dependente, ao invés de puxar para si a responsabilidade de atribuir o seu próprio valor. É melhor se ver como se é, aceitando suas qualidades e buscando lapidar os defeitos, do que esperar e contar que alguém reforce a idéia de que se é perfeito. A dependência emocional deixa a pessoa à mercê do que os outros pensam dela, e em casos mais graves, se não houver um reforço positivo por parte do outro, isso é interpretado como rejeição. É importante entender que ninguém tem o dever de suprir as carências alheias. Em outras palavras, a auto-aceitação e o contato mais profundo consigo mesmo são necessários para se diminuir a sensibilidade, principalmente nas relações pessoais.
Temperamento Hipertímico

O temperamento hipertímico tem como base a vontade alta associada ao medo e a raiva em nível baixo ou pelo menos médio, e o controle alto ou médio. Se a vontade for média, a natureza hipertímica deve ter sido escolhida em função do medo baixo.

A mente funciona de forma semelhante a um carro, com acelerador e freio independentes, que precisam ser controlados. A vontade é como se fosse o acelerador e o medo é o freio. A velocidade final do carro seria o padrão de humor ou temperamento afetivo. Assim, no temperamento hipertímico, há uma combinação de acelerador forte e pouco freio, ou seja, tem muita força para avançar, mas pode faltar capacidade de frear o comportamento quando se faz necessário. Portanto a velocidade final e o humor de quem tem esse temperamento ficam em um nível mais alto do que o dos outros temperamentos. Por outro lado, se o controle for bom, essa velocidade alta costuma ser bem gerenciada, porque o controle dá estabilidade ao humor e visão para a boa tomada de decisões. Em outras palavras, a falta de freio pode ser compensada por saber se direcionar muito bem. Naqueles com controle médio e medo baixo já há mais chance de se prejudicar por excesso de ousadia ou impulso.

O temperamento hipertímico apresenta as características de alta energia, entusiasmo, sensação de prazer, curiosidade, confiança, iniciativa, força de vontade, capacidade de atingir objetivos, com uma visão do mundo essencialmente otimista. São pessoas que tendem a lidar bem com situações desafiadoras, gerenciando seus desejos e medos para resolverem problemas e atingirem seus objetivos. Esse é o temperamento mais proativo, comunicativo e rápido mentalmente. Por outro lado, em situações específicas pode ficar em desvantagem em comparação a outros temperamentos. Por exemplo, em situações que exijam cautela e cuidado, como em crises iminentes, o temperamento hipertímico pode falhar em perceber as dificuldades e riscos da situação, perdendo mais por ter investido com ambição demais. No entanto, se o controle alto for suficiente para detectar os problemas, podem ser extremamente rápidos em fazer os ajustes devidos.

As pessoas com esse perfil geralmente consideram que seu temperamento está associado a alguns problemas, mas a maioria percebe vantagens e benefícios claros no seu jeito de ser. De fato, o perfil energético e dinâmico, associado à responsabilidade, planejamento e foco faz com que sejam particularmente produtivos. Assim, os hipertímicos podem se adaptar bem a muitos tipos de trabalho, tanto executivos como de liderança, planejamento e criatividade. Como líderes, tendem a ser carismáticos, firmes, obstinados e estimuladores, usando o exemplo pessoal como referência.

No plano intelectual, o hipertímico se destaca pela capacidade de lidar com situações desafiadoras que exijam capacidade de lidar com a complexidade. Se o controle for alto, percebe os aspectos positivos e oportunidades ao mesmo tempo que toma as precauções necessárias. Se o controle for médio e o medo for baixo, podem deixar a retaguarda descoberta. Os hipertímicos costumam errar por excesso. Apesar de alguns aprenderem a lição, outros repetem a dose muitas vezes até abrir mão da sua maneira de perceber as situações e de se comportar. Quando perdem muito, têm grande capacidade de recuperação.

Nas relações, o temperamento hipertímico tem facilidade de estabelecer vínculos afetivos rapidamente, e muitas vezes consistentes e duradouros. Alguns têm dificuldades por não quererem abrir mão da sua autonomia e independência. Esse é um perfil de pessoas essencialmente cooperativas, empáticas e solidárias, apesar de haver também as versões mais frias e individualistas.

Os traços disfuncionais desse temperamento que podem gerar desadaptação ao ambiente ou círculo social são os excessos. Geralmente a psicoterapia é suficiente para recompor a situação, porque costumam ser pessoas com muitos recursos psicológicos. Por outro lado, muitos têm dificuldade de se submeter à psicoterapia devido ao seu senso de autonomia e independência. Psicofármacos podem ser úteis por períodos curtos quando houver estresse prolongado ou acúmulo de problemas, ou como lapidador dos excessos comportamentais. À medida que as situações vão sendo resolvidas, os hipertímicos conseguem voltar rapidamente ao seu funcionamento normal e, se aprenderam as lições, depois se mantêm bem.

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