O progresso é realmente a vitória do perdão. Podemos, assim, defini-lo como sendo a sinfonia do trabalho em que milhões de vidas renunciam a si próprias, a fim de que a evolução prevaleça, em toda parte, gloriosa e sublime. É possível averiguar a exatidão de nossa assertiva na própria casa que nos serve de templo às aspirações. Não fosse o retraimento da pedra que se oculta, resignada, não se equilibraria o edifício nos alicerces. Não fosse a humildade da argila que cede aos propósitos do oleiro e não poderíamos contar com o tijolo simples, sustentando as paredes acolhedoras. Não fosse o minério que sabe morrer na forja ardente e não disporíamos da férrea argamassa ao cimento bem posto. E não fosse a obediência da madeira, exilada do ninho verde que lhe é próprio, e não conseguiríamos os recursos que nos sustentam o teto. Todas as obras úteis, por mais singelas, requisitam o perdão na base em que se levantam. Não te confies, desse modo, às sombras do antagonismo e ao fel da aversão. Recebe os adversários da própria senda à feição de valores que te renovam. Aceita-lhes a cólera ou a perseguição inesperada, como serviços gratuitos ao teu próprio engrandecimento, de vez que das anotações que te enderecem, retirarás sempre valiosas lições, objetivando-te o aprimoramento e a paz, a elevação e a alegria. Aprende a sorrir para a dificuldade, envolvendo aqueles que a provocam em tua mensagem de simpatia. Observa a ignorância onde muitas vezes te parece surpreender a perversidade e repara a miséria onde, em muitas ocasiões, acreditas encontrar as trevas do crime e, socorrendo uma e outra, com os teus gestos de compreensão e de amor, edificarás sobre os elementos, aparentemente contrários à tua felicidade, o abençoado caminho de tua grande ascensão.
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extenda-se!