No Brasil, durante o período colocial, a criação artística teve na igreja o principal meio para o seu desenvolvimento. A escultura, a pintura e a arquitetura religiosa constituem nossa herença artístico-cultural e histórica, evidenciando grandes mestres, como Veiga Vale, Manuel da Costa Ataíde, Antonio Francisco Lisboa e tantos outroa brasileiros criativos, adaptando novos materiais, mais acessíveis às suas criações. Grande parte dessa 'herança' vem se desagregando, se decompondo, se subtraíndo devido ao descuido, desinteresse político, má conservação, vandalismo e roubo. Agravando ainda maisesse quadra, as 'famosas' restaurações sem ética, sem domínio técnico, corrompendo critérios pré-estabalecidos, vem sendo realizadas de Norte a Sul, por pessoa, muitas vezes de boa vontade, mas sem a menor capacitação profissional.
Procedimentos equivocados, repinturas, decapagens, purpurinas, tinas automovivas e de paredes, sintéticas, verniz naval, óleo e acrílico irreversíveis, são aplicados sem dó sobre delicadas esculturas de cedro ,retábulos, portas e altares talhados com esmero e belas pinturas parietais e tetos, sepultando assim as possibilidades de levantamente de dados sobre técnicas e materiais originais, e provocando a destruição documental desse conjunto para sempre. Assistir a essa perda silenciosa, e às vezes tão ruidosa, sem nada fazer, pode ser simplesmente desinteresse, conivência ou até ignorância.
Curso Técnico de Conservação e Restauração
C.T.T.A. - UNIDADE SÃO PAULO (IPIRANGA)
Rua Costa Aguiar, 1013
templodaarte@uol.com.br
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